RIO DE JANEIRO

Carlos Bolsonaro é citado como chefe de organização criminosa, diz juiz

Por Redação com agências 23/09/2021 - 16:59
Atualização: 23/09/2021 - 17:07

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Caio César/CMRJ/Direitos reservados
O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro
O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro

O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), sustentou, em sua autorização de quebra dos sigilos bancário e fiscal do  vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) ao Ministério Público do Rio (MP-RJ), que "Carlos Nantes [Bolsonaro] é citado diretamente como o chefe da organização".

Em sua apresentação de dados, Rubioli alega que "os elementos de informação coligidos aos autos - mais notadamente quando se atenta ao vasto acervo de documentos que acompanham o expediente investigatório - apontam para a existência de fortes indícios da prática de crime de lavagem de capitais".

De acordo com o juiz em documentos divulgados pelo portal UOL, Carlos Bolsonaro é tido como chefe da organização criminosa , "até porque o mesmo efetua as nomeações dos cargos e funções do gabinete.

Os investigadores do Ministério Público reforçam ainda que, "para operacionalizar o desvio, é necessária a convergência da atuação do vereador, que se encarrega da indicação dos assessores "fantasmas" (e figura como beneficiário final do peculato), dos chefes de gabinete que atestam falsamente a o desempenho da atividade profissional dos assessores.

O órgão alega que a organização criminosa comandada por Carlos Bolsonaro teria seis núcleos de atuação. O primeiro - e mais numeroso - seria o de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-chefe de gabinete do vereador e segunda esposa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O Ministério Público também apontou que os depoimentos prestados pelos ex-funcionários de Carlos foram "previamente combinados". A defesa do vereador não se manifestou sobre o assunto.

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