PROTESTO

No Rio, milhares de manifestantes se reúnem em ato contra Bolsonaro

Por Agência Estado 19/06/2021 - 14:13
Atualização: 19/06/2021 - 14:17

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Foto: Leslie Leitão/TV Globo
Chico Buarque é cercado por fãs durante manifestação no Rio
Chico Buarque é cercado por fãs durante manifestação no Rio

Milhares de manifestantes percorreram neste sábado,19, a Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, até a igreja da Candelária, em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro. O ato ocorreu a apenas 5 quilômetros da Escola Naval, na Ilha de Villegagnon, onde Bolsonaro participou pela manhã da cerimônia de entrega de espadins a uma turma de aspirantes.

A caminhada começou por volta das 11h40 no Monumento Zumbi dos Palmares. Os manifestantes interditaram parcialmente a Avenida Presidente Vargas, principal via do centro da capital fluminense, gritando palavras de ordem como "Fora Bolsonaro", "Eu quero vacina, não cloroquina". Levaram bandeiras e cartazes pedindo o impeachment, vacinação, saúde e trabalho. Uma grande faixa escrita "Fora Bolsonaro inimigo da educação" foi estendido na pista da avenida Presidente Vargas.

A caminhada terminou por volta das 13h na igreja da Candelária, onde manifestantes se revezaram nos carros de som com discursos pelo impeachment do presidente. Entre eles, estava o pastor Henrique Vieira, da Igreja Batista do Caminho, que lidera um movimento de evangélicos contra Bolsonaro."Bolsonaro representa a violência, Jesus representa a paz. Jesus representa a diversidade. Jesus é negro, é da periferia, das mulheres, dos negros", disse o pastor, do alto do carro de som, aplaudido pelos manifestantes.

Além de diversos movimentos sociais, a manifestação teve atuação mais presente de partidos políticos. Os manifestantes carregaram bandeiras de partidos como PT, PCdoB, PSTU, PDT, Psol. Sindicatos de trabalhadores também estavam no ato, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Políticos se revezaram em discursos nos carros de som dos organizadores, como os deputados federais Paulo Ramos (PDT) e Jandira Feghali (PCdoB)."Para derrotar o Bolsonaro, precisamos fazer como na época da ditadura. A gente precisa fazer manifestações e só para quando o Bolsonaro sair", disse o ex-senador Lindbergh Faria (PT).

"Ele é o pior vírus que estamos enfrentamos neste momento", disse a deputada federal Benedita da Silva (PT).Policiais militares e guardas municipais acompanharam o deslocamento do protesto. Não houve registro de ocorrências, segundo informou a Polícia Militar. A PM informou que não faria estimativa de público presente. Os organizadores estimaram que a manifestação foi maior do que os atos do dia 29 de maio, quando havia 50 mil pessoas no centro do Rio protestando contra Bolsonaro. A grande maioria dos manifestantes usava máscara de proteção.


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