EM CINCO DIAS

STF manda Lira explicar não abertura de impeachment contra Bolsonaro

Por Metrópoles/R7 16/04/2021 - 08:31
Atualização: 16/04/2021 - 08:40

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Câmara dos Deputados
ASrthur Lira tem cinco dias para responder ao STF sobre impeachment de Bolsonaro
ASrthur Lira tem cinco dias para responder ao STF sobre impeachment de Bolsonaro

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou um prazo de cinco dias para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), explique a não abertura dos processos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Até agora, a Casa acumula mais de cem pedidos de destituição do chefe do Executivo, todos engavetados.

Nas sua transmissão ao vivo nas redes sociais, nesta quinta, o presidente tomou um susto ao saber da decisão da ministra.

A decisão da ministra ocorre em resposta a uma ação do advogado Ronan Botelho, que afirma haver uma lacuna na legislação ao não se estabelecer um prazo para abertura dos processos de impeachment. O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) também entrou com recurso semelhante, que ainda não foi analisado.

O advogado argumenta que a lacuna é um um “grande erro jurídico” na legislação e acaba por permitir que os processos de impeachment tenham andamento quando o presidente da mesa “bem quiser”.

O presidente Bolsonaro disse na live que só Deus pode retirá-lo da cadeira presidencial e afirmou haver algo de "muito errado" no Brasil, ao comentar decisão da ministra Cármen Lúcia.

"Realmente eu acho que alguma coisa de errado ou de muito errado vem acontecendo há muito tempo no Brasil, vamos ver se processa a informação e vamos ver qual é o encaminhamento que o Arthur Lira vai dar no tocante a isso, se vão abrir processo ou não", disse Bolsonaro em sua transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais.

"Eu não quero me antecipar, falar o que eu acho sobre isso aí. Só digo uma coisa, só Deus me tira da cadeira presidencial, e me tira, obviamente, tirando a minha vida. Fora isso, o que nós estamos vendo acontecer no Brasil, não vai se concretizar, mas não vai mesmo", acrescentou.


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