Collor é citado por Wilson Witzel antes de aprovação de impeachment no Rio

Em discurso de defesa na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na noite de quarta-feira, 23, o governador Wilson Witzel (PSC-RJ), citou o senador alagoano Fernando Collor como um exemplo de vítima de uma acusação injusta que a “história não pode reparar”.

“O presidente Collor foi vitima de um impeachment. Em 2014, ele foi absolvido. A frase dele no Senado foi: ‘Quem poderá me devolver o que me tiraram?’ Essa é a frase histórica daqueles que sofrem com um linchamento moral como esse que estou sendo objeto da imprensa".

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O governador afastado ainda disse que a investigação do Ministério Público é “rasa”. Após o discurso, o plenário aprovou o encaminhamento do processo de impeachment ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

A decisão foi unânime —69 deputados votaram de maneira favorável à continuidade do processo que pode levar Witzel à saída definitiva do cargo.

Depois que o TJ acolher o documento, Witzel passará a ficar "duplamente afastado" —isso porque ele já havia sido afastado do cargo por 180 dias pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) no final de agosto.

Ele terá até seis meses para fornecer suas alegações a um tribunal misto —composto por cinco deputados e cinco desembargadores— que poderá decidir ou não pelo impeachment.

Os parlamentares aprovaram o relatório produzido pela Comissão de Impeachment da Alerj, que aponta supostas irregularidades cometidas por Witzel em compras e renovações de contratos para a área da saúde durante a pandemia do coronavírus.

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