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Collor pede 'perdão' por confisco da poupança após quase 30 anos

Por Bruno Fernandes 18/05/2020 - 13:25
Atualização: 18/05/2020 - 13:32

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Agência Senado
O ex-presidente e senador Fernando Collor
O ex-presidente e senador Fernando Collor

O ex-presidente da República Fernando Collor, atualmente senador por Alagoas, utilizou o Twitter nesta segunda-feira, 18, para pedir perdão pela medida decretada há mais de 30 anos que confiscou parte de saldo de cadernetas de poupanças e contas-correntes. 

"Quando assumi o governo, o país enfrentava imensa desorganização econômica, por causa da hiperinflação: 80% ao mês! Os mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome. O Brasil estava no limite!", iniciou Collor, antes de começar a explicação. 

"Durante a preparação das medidas iniciais do meu governo, tomei conhecimento de um plano economicamente viável, mas politicamente sensível, com grandes chances de êxito no combate à inflação. Era uma decisão dificílima", falou.

A medida foi decretada via MP no dia 16 de março de 1990, um dia depois da posse de Collor e é considerado um dos planos econômicos mais confusos da história brasileira. O anúncio, divulgado em pronunciamento pelo então presidente, pegou muita de gente de surpresa.

Os saques foram limitados 50 mil cruzeiros, moeda que substituiu o cruzado novo. A intenção era controlar a inflação, que girava em 85% por mês e desbloquear o dinheiro um ano e meio depois.

O Plano Collor foi um fracasso e a inflação só foi contida a partir de 1994 com a implantação do Plano Real, no governo de Itamar Franco.Collor sofreu impeachment em 1992, após denúncias de corrupção.

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