CORRUPÇÃO

Lava Jato apura repasses suspeitos a grupo que tem filho de Lula como sócio

Por Com UOL 10/12/2019 - 11:06

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Foto: Divulgação
Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente petista
Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente petista

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 10, uma nova fase da Operação Lava Jato, batizada de Mapa da Mina. 

Segundo o MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná), o objetivo é aprofundar investigações sobre repasses suspeitos de mais de R$ 132 milhões realizados pelo grupo Oi/Telemar para empresas do grupo Gamecorp/Gol, que tem entre seus controladores Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Trata-se de um desdobramento da 24ª fase da Lava Jato, quando Lula foi alvo de mandado de condução coercitiva, em março de 2016. Segundo o MPF, os pagamentos foram realizados "sem justificativa econômica plausível" entre 2004 e 2016, período que abrange os dois mandatos de Lula na Presidência (2003-2010), enquanto o grupo Oi/Telemar teria sido beneficiado por atos do governo federal.

De acordo com a Procuradoria, paralelamente aos repasses para o grupo Gamecorp/Gol, o grupo Oi/Telemar foi beneficiado pelo governo federal com "diversas decisões políticas e administrativas no setor de telecomunicações". O órgão cita como exemplo o decreto 6.654/2008, assinado pelo então presidente Lula, que permitiu a operação de aquisição da Brasil Telecom pelo grupo Oi/Telemar. 

Mensagens apreendidas no curso das investigações também denotam que o grupo Oi/Telemar foi beneficiado pela nomeação de conselheiro da Anatel. Além de Lulinha, são sócios do grupo Gamecorp/Gol Kalil Bittar, Fernando Bittar e Jonas Suassuna. 


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