Habeas Corpus

STF rejeita soltura de Lula e adia julgamento

Por Redação com agências 25/06/2019 - 19:53
Atualização: 25/06/2019 - 20:56

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REUTERS / Paulo Whitaker
Luíz Inácio Lula da Silva
Luíz Inácio Lula da Silva

A proposta que o ministro Gilmar Mendes apresentou pedindo adiamento do julgamento do Habeas Corpus do ex-presidente Lula junto a sua imediata liberdade até a apuração das denúncias trazidas com as reportagens do The Intercept Brasil sobre a Vaza Jato foi rejeitada, nesta terça-feira, 25, pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo informações da revista Exame, o ministro Celso de Mello, principal incógnita no julgamento do habeas corpus, considerou que não se podia mais adiar a votação do pedido proposto pela defesa e disse que já estava pronto para proferir seu voto.

O magistrado decidiu votar contra a proposição de Gilmar Mendes para soltar Lula enquanto o mérito do HC não é analisado.

O habeas corpus em questão, protocolado em dezembro do ano passado pela defesa de Lula, trata da suposta suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.

Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, afirmou que não via os excessos do ex-juiz federal Sérgio Moro expostos nas reportagens como “parcialidade” e não poderia considerá-lo suspeito até o momento e, por isso, acompanhou Fachin para não conceder liberdade provisória a Lula.

Cármen Lúcia também seguiu nessa linha e disse que mantém a posição de dezembro, quando foi contrária ao HC. Seu voto, portanto, também foi contra a soltura do ex-presidente.

Lewandowski, que disse estar a favor do habeas corpus, acompanhou Gilmar Mendes no sentido de pedir a liberdade do petista até que o HC seja totalmente analisado, mas não foi formada maioria.

Por 3 votos a 2, então, os ministros da Segunda Turma decidiram manter Lula preso até que o mérito do habeas corpus seja julgado. Havia expectativas de que a análise deste recurso fosse feita ainda hoje, mas o julgamento foi adiado e ficou para o segundo semestre, já que o STF entrará em recesso.


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