PEDIDO DE REVOGAÇÃO

Governador assina carta contra decreto sobre armas de Bolsonaro

Por Bruno Fernandes 21/05/2019 - 15:26

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Renan Filho se posicionou contra decreto das armas
Renan Filho se posicionou contra decreto das armas

Catorze dos 27 governadores do país assinaram nesta terça-feira, 21, uma carta em que pedem a revogação do decreto das armas do presidente Jair Bolsonaro (PSL). No texto que também é assinado pelo governador Renan Filho (MDB) eles pedem que os "poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União atuem tanto para sua imediata revogação como para o avanço de uma efetiva política responsável de armas e munição no país".

O decreto, assinado por Bolsonaro no início do mês, amplia a quantidade de categorias e pessoas que têm direito a porte de armas no Brasil.

O manifesto é assinado pelos governadores dos nove estados do Nordeste e pelos administradores do Distrito Federal, do Amapá, do Tocantins, do Pará e do Espírito Santo. A carta será enviada ao Planalto, segundo assessorias de alguns dos governadores.

Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal; Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão; Wellington Dias (PT), governador do Piauí; Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco; Camilo Santana (PT), governador do Ceará; João Azevedo (PSB), governador da Paraíba; Renato Casagrande (PSB), governador do Espírito Santo; Rui Costa (PT), governador da Bahia; Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte; Renan Filho (MDB), governador do Alagoas; Belivaldo Chagas (MDB), governador de Sergipe; Waldez Góes (PDT), governador do Amapá; Mauro Carlesse (PHS), governador do Tocantins e Helder Barbalho (MDB), governador do Pará assinaram o texto.

Para eles, as medidas apresentadas no decreto não irão contribuir com a diminuição da violência em seus estados. "Ao contrário, tais medidas terão um impacto negativo na violência --aumentando por exemplo, a quantidade de armas e munições que poderão abastecer criminosos-- e aumentarão os riscos de que discussões e brigas entre nossos cidadãos acabem em tragédias".

O grupo pede que o governo federal desenvolva ações que melhorem o rastreamento de armas e munições, além de intensificar os meio de controle e fiscalização "para coibir os desvios, enfrentar o tráfico ilícito e evitar que as armas que nascem na legalidade caiam na ilegalidade e sejam utilizadas no crime".


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