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Especialistas avaliam que agressão vai favorecer Bolsonaro

Por Assessoria 07/09/2018 - 08:26

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Foto: Reprodução
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Durante o ato de sua campanha em Juiz de Fora, cidade localizada em Minas Gerais, o candidato a presidência Jair Bolsonaro (PSL) foi esfaqueado e levado às pressas para o hospital. De acordo com seu filho, Flávio Bolsonaro, deputado estadual (PSL-RJ), o ferimento foi superficial e a Polícia Militar da cidade disse que um suspeito foi preso em flagrante. 

Para o diretor de Câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo, fica evidente que com isso o presidenciável ganhe muita força em sua candidatura. “O Bolsonaro no segundo turno é algo que já está relativamente certo. A questão não está focada exatamente nele e sim em quem vai com ele para esse outro turno”, explica Bergallo.  

Fica claro que isso terá impacto nas pesquisas, por mais que as pessoas tenham preferências por um determinado candidato, uma parcela esmagadora da população não é favorável a esse tipo de atitude, levando em conta que é um ato criminoso. 

“É lamentável que em 2018, depois de mais de 30 anos da redemocratização do Brasil, a gente dentro de uma campanha eleitoral tenha que conviver com cenas violentas como essa. Certamente, isso vai favorecer o candidato Jair Bolsonaro que acabou sendo vítima de um ataque desse nível”, diz André Bona, Educador Financeiro do Blog de Valor. 

Apesar de ser um fator impactante e polêmico, o mercado já apoia o discurso liberal do candidato. Podendo até colocá-lo num grau de favoritismo ainda maior, independente das suas capacidades ou ideias, bem como sua equipe econômica, que é extremamente alinhada nesse posicionamento, e já trabalha com a possibilidade dele se tornar presidente. Em relação aos mercados, esse acontecimento não deve mudar, nem trazer oscilações. 

Para a assessora financeira da FB Wealth, Daniela Casabona, é natural que o povo brasileiro seja solidário a vítimas de crimes como esse. “É normal que ocorra atos de solidariedade e isso pode resultar em pontos positivos para ele, sendo nas pesquisas e até em chances de vencer as eleições”, ressalta Daniela.  

É muito provável que a preferência eleitoral por partidos de esquerda reduza daqui pra frente e isso para o cenário de reformas econômicas, sob ponto de vista do mercado financeiro, é favorável. 

“A leitura que o mercado vem tendo após o incidente é sobre a apreciação do real, ou seja, o dólar cai e a bolsa sobe, atenuando os movimentos das taxas de juros”, diz o economista-chefe da DMI Group, Daniel Xavier. 

É inevitável que a mídia repercuta o ocorrido, então, provavelmente aumente seu número de eleitores, ainda que seu tempo nas propagandas eleitorais seja inferior ao tempo do candidato Geral Alckmin, que está em segundo lugar na pesquisa. 

“A população, comovida pelo acontecimento, provavelmente se solidarize com o ocorrido. É bem provável que as candidaturas de esquerda sofram um pouco mais nos próximos dias, e mercado precifique o cenário de menor probabilidade”, finaliza Xavier.


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