Maceió

Ministério Público de Contas ingressa com três ações contra Cícero Almeida

As representações foram enviadas ao Tribunal de Contas do Estado. Segundo MPC, Prefeitura repassou um duodécimo superior ao previsto
Por Do G1 AL, com informações da TV Gazeta 01/03/2013 - 10:37

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O Ministério Público de Contas (MPC) ingressou com três ações contra o ex-prefeito Cícero Almeida. As representações contra foram enviadas ao Tribunal de Contas do Estado. Segundo a investigação, a Prefeitura de Maceió teria repassado aos cofres do legislativo um duodécimo superior ao que é previsto em lei.

A constituição diz que, para municípios com população entre 500 mil e 3 milhões de habitantes, o duodécimo deve corresponder a 4,5% da soma da receita dos tributos arrecadados no exercício anterior. Mas, de acordo com o MPC, os percentuais ultrapassaram os 4,5% nos últimos três anos: em 2010 foi de 5,44%; em 2011, 6,11% e em 2012, 5,64%.

Pelos cálculos do MPC, o ex-prefeito teria repassado à Câmara de Vereadores nos últimos três anos cerca de R$ 20.230 milhões a mais do que é previsto em lei. Pela constituição, isso também se configura crime de responsabilidade e de improbidade administrativa e, por isso, também vai ser investigado pelo Ministério Público Estadual.

O procurador do MPC, Gustavo Santos, disse que dentre as penalidades previstas para o ex-prefeito está a devolução ao erário do valor repassado, multa proporcional ao dano e rejeição das contas desses três repasses. “Foi a primeira atuação que fizermos em relação ao duodécimo, mas vamos propor que o Tribunal de Contas atue em conjunto para fiscalizarmos todos os municípios do estado”, afirmou.

O ex-presidente da câmara de vereadores nos anos de 2011 e 2012, Galba Novaes, disse que todo o dinheiro recebido a mais foi devolvido. “Nesse ano de 2012, nós não pedimos incremento de nada, pelo contrario, sobrou dinheiro e devolvemos. Esse valor que veio foi mandado pelo planejamento que informou que tínhamos direito”, expôs.

Segundo o ex-prefeito de Maceió, o valor repassado foi através de emenda parlamentar da própria Casa, aprovada por unanimidade, solicitado como complemento para compra do prédio da Câmara de Vereadores. Almeida disse ainda que o prédio não foi comprado e o dinheiro foi devolvido à Secretaria de Finanças de Maceió e aplicado em obras na cidade. Segundo ele, só no Tabuleiro do Martins foram 47 ruas.


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