NOTA

ANPR repudia as acusações do ex-governador Ronaldo Lessa à atuação do MP em Alagoas

A Associação Nacional dos Procuradores da República emitiu, nessa quinta-feira (21), uma nota em repúdio às declarações do ex-governador Ronaldo Lessa com o objetivo de desqualificar o trabalho do Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas
Por MPF/AL 23/02/2013 - 12:46

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Confira a nota na íntegra:

A Associação Nacional dos Procuradores da República vem a público repudiar veementemente as acusações do ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa (PDT) que tentam desqualificar a atuação do Ministério Público Federal no estado, em especial o trabalho do procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes.

Lopes ajuizou ação penal contra o ex-governador e a ex-secretária de Saúde Kátia Born pelo desvio de R$ 5 milhões, que deveriam ter sido investidos na reforma da Unidade de Emergência Dr. Armando Lages – atual Hospital Geral do Estado (HGE). A ação, apresentada no dia 8, acusa os réus de fraudarem o processo de licitação, com sobrepreço, superfaturamento e inexecução contratual.

Em tentativa desesperada de se defender, o ex-governador tenta reverter a situação levantando suspeitas sobre a conduta do procurador da República, acusando-o de “ladrão” e afirmando que a instituição ministerial o persegue, conforme publicado pelo site de notícias G1. Já na reportagem do jornal Gazeta de Alagoas, o acusado ameaça os procuradores da República em Alagoas, insinuando que resolveria o assunto por meio de violência física.

A ANPR não admite críticas infundadas à atuação funcional dos membros do MPF, e tampouco ameaças grotescas à integridade física de seus membros. A Constituição Federal consagrou o Ministério Público como órgão de defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Os representantes da instituição trabalham com destemor por esta causa, independentemente de quem atente contra tais direitos.

A Associação apoia entusiasticamente a ação dos procuradores da República em Alagoas e acompanhará de perto o caso, para avaliar possíveis medidas em defesa da segurança e da dignidade de seus associados.


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