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Lula apoia Temer para vice de Dilma em 2014, diz Henrique Alves
Presidente da Câmara fez visita a Lula nesta sexta em São Paulo. Segundo Alves, Lula foi 'muito afirmativo' sobre continuidade da aliançaO presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, afirmou nesta sexta-feira (22), após reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o ex-presidente disse apoiar a continuidade de Michel Temer como vice na chapa de Dilma Rousseff nas eleições de 2014. Alves fez uma visita à sede do Instituto Lula, em São Paulo.
"Ele (Lula) foi muito afirmativo de que esta aliança, pelo seu êxito, tem de continuar e inclusive nos próximos dias vai marcar uma reunião dele com Michel Temer", afirmou Alves, ao sair do encontro.
Segundo o presidente da Câmara, Lula "deixou muito claro que essa relação PT-PMDB tem tudo para continuar e avançar cada vez mais".
Alves reconheceu que alcançar a unanimidade no PMDB sobre o assunto é difícil, por causa do tamanho do partido, mas deixou claro que a "imensa maioria" apoia a manutenção da aliança.
Ele também afirmou que desconhece qualquer movimentação em torno do nome do governador Sérgio Cabral para compor a chapa como vice de Dilma em 2014. "Desconheço inclusive essa postulação. Pelo que eu sei, ele também tem essa relação de apoio a Michel Temer. Acho que essa relação Dilma-Michel é uma coisa, a meu ver, consolidada. Senti claramente isso na posição, nas palavras do presidente Lula", afirmou.
Deputados condenados
Alves disse também que não conversou com o ex-presidente Lula sobre a posição que a Câmara vai tomar em relação aos deputados federais condenados pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão. Ele voltou a afirmar que, no caso das perdas de mandato, não haverá confronto entre Legislativo e Judiciário.
"Esse assunto não entrou na pauta. Respeitosamente não entrou na pauta. O ato de finalizar, de apreciar formalidades legais, declarar perda de mandato, isso aí tudo é uma tarefa constitucional do Poder Legislativo, respeitando todo o trabalho feito pelo Judiciário. Não há a menor possibilidade de nenhum confronto, conflito, entre os dois poderes que são os mais basilares da demoracia brasileira", concluiu.