Nacional

STJ nega liberdade a um dos donos da boate Kiss

Mauro Hoffmann seguirá preso em penitenciária de Santa Maria. Nesta quarta (20), TJ do RS negou outro pedido do empresário
Por Do G1, em Brasília 21/02/2013 - 07:03

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido de liberdade feito pela defesa do empresário Mauro Hoffmann, um dos sócios-proprietários da boate Kiss, que pegou fogo no dia 27 de janeiro deixando 239 pessoas mortas. A decisão, segundo a assessoria do tribunal, será publicada no Diário de Justiça desta quinta-feira (21).

A defesa pediu uma liminar (decisão provisória), que foi negada pela ministra Alderita Ramos de Oliveira. O mérito pedido ainda será analisado pelo STJ. Os defensores questionaram uma decisão monocrática do desembargador Manuel José Martinez Lucas, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), que havia negado a liberdade.

A ministra entendeu que o recurso ao STJ não era cabível porque a defesa ainda poderia recorrer ao próprio TJ. Para a magistrada, só é possível recorrer a um tribunal superior quando ainda cabe recurso ao próprio tribunal se há ilegalidade. "Essa impetração não merece prosperar. [...] Não se vislumbra flagrande ilegalidade na decisão monocrática."

Em julgamento na tarde desta quarta, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) negou por unanimidade outro habeas corpus de Hoffmann, que segue preso na Penitenciária Estadual de Santa Maria, junto com outro sócio e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco da boate Kiss.

Entenda

O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 239 mortos na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:

- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso para a rua.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
Equipamentos de gravação estavam no conserto.


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