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Renan Calheiros diz que 'felizmente' não viu denúncia sobre o filho deputado

Segundo jornal, Renan Filho pagou advogados com verba indenizatória. Valor é de pelo menos R$ 190 mil, de acordo com 'O Estado de S. Paulo'
Por Do G1, em Brasília 07/02/2013 - 09:00

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Renan Calheiros diz que 'felizmente' não viu denúncia sobre o filho deputado

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (6) que “felizmente” não leu nada a respeito da denúncia publicada no jornal "O Estado de S. Paulo" segundo a qual seu filho, o deputado federal Renan Filho (PMDB-AL), usou verba indenizatória para pagar advogados em negócios privados.

Reportagem desta quarta de “O Estado de S.Paulo” diz que o filho do presidente do Senado  teria usado recursos da verba indenizatória a que tem direito na Câmara para pagar os advogados que atuam para ele próprio e para Renan Calheiros em causas privadas. A verba indenizatória está à disposição dos parlamentares para ser usada em atividades relacionadas ao mandato.

Segundo a reportagem, escritórios de advogados alagoanos que representam os políticos na Justiça já teriam recebido ao menos R$ 190 mil. Ao jornal, o deputado Renan Filho afirmou que os advogados trabalham exclusivamente na consultoria e assessoria parlamentar.

“Eu não vi ainda [reportagem].  Felizmente não vi”, disse o senador nesta quarta.

Renan Calheiros venceu a eleição para a presidência do Senado na última sexta-feira (1º). O senador concorreu com o apoio da bancada governista no Senado. Em 2007, Calheiros  renunciou ao cargo de presidente da Casa acuado por denúncias de que teria a pensão de uma filha paga por uma grande construtora.

Na semana passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal denúncia  em que acusa o senador de usar notas frias para justificar renda suficiente para pagar a pensão da filha.

A denúncia foi encaminhada para análise do ministro Ricardo Lewandowski, que pode recomendar aos ministros do STF a abertura de ação penal ou arquivamento da acusação. A decisão para dar início ou não ao processo cabe ao plenário da corte, o que ainda não tem data para ocorrer.


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