Atraso em obras da Copa não é problema de recursos, diz ministra

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou nesta sexta-feira (8) que atrasos em obras para a Copa do Mundo não estão relacionados a um possível problema no repasse de recursos feito pelo governo federal a estados e municípos.

Belchior participou do 3º Fórum Interconselhos, que debate a participação social no Plano Plurianual, uma das etapas de construção do orçamento.

“O recurso está completamente disponível. Não é um problema de recurso e, sim, de ritmo das obras que estão a cargo de estados e municípiios”, disse a ministra.

Relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União nesta quinta-feira (8) apontou que há risco de atraso em algumas das obras que estão sendo realizadas para a Copa do Mundo, como a do Aeroporto Internacional Viracopos, em Campinas (SP). O órgão determinou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) preste informações, em 90 dias, sobre o andamento da ampliação.

“Na verdade, os recursos estão dispoíveis, e nós liberamos conforme a evolução das obras que são realizadas por estados e município [...] Têm cidades que estão mais avançadas e outras menos avançadas”, disse a ministra.

Segundo a ministra, a expectativa do governo é de que, nos próximos seis meses,ocorra um aumento no repasse de recursos feitos a estados e municípios que vão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014.

“Neste resto de final de ano e início do ano que vem estes desembolsos crescerão muito. Eles vão ganhar ritmo , mas por parte do governo federal o recurso está integralmente à disposição”, disse.

Orçamento
A ministra considerou como elevado o reajuste feito pela Comissão de Orçamento do Congresso, que provou na última semana relatório do deputado Cláudio Puty (PT-PA) que eleva de R$ 1,23 trilhão para R$ 1,25 trilhão a estimativa de receitas no Orçamento para o ano que vem.

A previsão será inserida na Proposta de Lei Orçamentária de 2013, que precisa ser aprovada no plenário do Congresso até o dia 22 de dezembro, quando começa o recesso parlamentar.

“Eu acho que está um pouco salgado [aumento] mas este é sempre o movimento que o Congresso faz, e que nós, quando depois que a peça for votada, vamos analisar com mais culdado no momento da execução do orçamento”, disse a ministra.