CPI da Delta confirma depoimento de Cachoeira para próximo dia 8, em GO

O contraventor Carlos Augusto Ramos, oCarlinhos Cachoeira, é esperado na próxima quarta-feira (8) na CPI da Delta, em Goiás. O anúncio foi feito na retomada dos trabalhos da comissão, nesta quarta-feira, na Assembleia Legislativa, em Goiânia.

A CPI da Delta requisitou a liberação de Cachoeira, preso no Complexo Prisional da Papuda, em Brasília. De acordo com o presidente da comissão, Helio de Sousa (DEM), a Justiça Federal de Goiás e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal atenderam a solicitação.

Em entrevista ao G1, o presidente da comissão, Helio de Sousa (DEM), se mostrou otimista em relação ao depoimento. "Não descarto a possibilidade dele responder algumas perguntas", disse. Segundo o democrata, Cachoeira afirmou anteriormente que falaria em um momento oportuno. "Ele já ficou em silêncio na CPMI, então acredito que esse seja um momento oportuno", explicou.

O depoimento de Cachoeira mudou a rotina dos trabalhos da comissão. Diferente das demais sessões da CPI, que começam às 8h, a do dia 8 está marcada para as 11h. O contraventor será o único depoente do dia. Normalmente os parlamentares colhem de três a cinco depoimentos.

Polêmica
A convocação de Cachoeira chegou a ser recusada pelos parlamentares goianos, por 3 votos a dois, no início de julho. A votação teve uma repercussão negativa na imprensa e, uma semana depois, um novo requerimento foi apresentado a aprovado pelos membros da comissão.

A CPI da Delta foi instalada na Assembleia Legislativa de Goiás para apurar o suposto envolvimento de autoridades e políticos goianos com a contravenção, o crime organizado e com as empresas Delta e Gerplan. Empresa de Carlos Cachoeira, a Gerplan ganhou uma licitação em 1996 para gerir os jogos da Loteria Estadual de Goiás.

Polícia Federal
A assessoria da Polícia Federal, no entanto, informou que os preparativos para a vinda de Cachoeira ainda não estão acertados. Até a noite desta quarta, a PF só tinha conhecimento da liberação por parte do juiz federal Alderico Rocha Santos, responsável pelo processo da Operação Monte Carlo. Faltava ainda receber o despacho da Justiça do Distrito Federal referente à Operação Saint-Michel, pela qual o contraventor também está preso.

Desdobramento da Operação Monte Carlo, a Saint-Michel suposta tentativa de fraude no sistema de bilhetagem do transporte público do Distrito Federal. A primeira audiência judicial do processo, iniciada nesta quarta-feira, foi suspensa após pedido de vista do Ministério Público do DF. Uma nova audiência foi marcada para o próximo dia 29 de agosto