Nacional

Governo ainda não deu 'palavra final', diz Gilberto Carvalho sobre greves

Segundo ministro, preocupação maior é com demais trabalhadores. 'Não se pode fazer uma greve antes de ter uma palavra final do governo'
Por Do G1, em Brasília 02/08/2012 - 07:28

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quarta-feira (1º) que o governo ainda não deu sua palavra final sobre as greves que paralisam setores do funcionalismo público. A preocupação maior do governo no momento, disse, é com o emprego dos demais trabalhadores, da iniciativa privada, que não têm estabilidade.

Carvalho afirmou que o governo ainda estuda possíveis reajustes salariais para o funcionalismo com cuidado para "não oferecer nenhuma proposta que depois a gente não possa bancar". Ele ponderou, contudo, que a preocupação maior não é com os servidores públicos.

"Temos que nos preocupar muito com o emprego daqueles que não tem estabilidade. Toda a nossa sobra fiscal, o espaço fiscal, nós estamos procurando empregar para estimular a indústria, a agricultura, os serviços, o comércio, porque esses que nos preocupam mais. Agora, nós temos todo o respeito pelos servidores e conhecemos naturalmente todo o processo", afirmou.

O ministro disse que reconhece "o direito deles [servidores] de lutar", mas que não há grande defasagem salarial. "Ao longo desses anos nós fomos recompondo", afirmou.

Gilberto Carvalho ainda disse ter esperança de que "funcionários levem em conta que não se pode fazer uma greve antes de ter uma palavra final do governo. Estranhamos esse processo de greve sem que nós tenhamos nos posicionado ainda".

Professores
Para o ministro, o governo fez uma oferta "muito interessante" para os docentes das universidades federais, em greve há mais de dois meses. Nas últimas semanas, o Ministério da Educação (MEC) apresentou duas propostas de reajuste: a primeira, que daria reajuste de até 45% aos professores em 3 anos e traria impacto de R$ 3,9 bilhões aos cofres públicos, foi rejeitada. A segunda mantém o reajuste máximo de 45% em 3 anos, mas aumenta o piso do reajuste de 12% para 25%.

Governo e representantes dos professores das instituições federais de ensino superior - em greve desde 17 de maio – voltarão a se reunir às 19h desta quarta-feira. Do total de 59 universidades, 57 aderiram à paralisação, além dos 37 institutos, centros de educação tecnológica e o Colégio Pedro II.

"Nós oferecemos uma proposta que julgamos muito interessante para as universidades, esperamos que haja maturidade, compreensão do momento em que estamos vivendo. O [Ministério do] Planejamento segue fazendo as negociações conforme foi combinado, então tenho esperança de que prevaleça o bom senso", afirmou Carvalho.


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