Nacional

'Governo não pode ficar paralisado', diz AGU sobre greves

Para Luís Inácio Adams, serviços essenciais não podem ser interrompidos. Ele ainda disse que ausência do trabalho deve gerar 'desconto'
Por 26/07/2012 - 07:52

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O Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou nesta quarta-feira (25) que o governo não pode ficar paralisado diante das greves em setores cujas atividades são consideradas essenciais. “O governo não pode ficar paralisado, ele precisa tomar medidas que garantam o funcionamento pleno das atividades essenciais e essas medidas se mostraram necessárias agora”, afirmou Adams, fazendo referência a decreto presidencial que permite que servidores federais em greve sejam substituídos por equivalentes estaduais.

O decreto foi publicado nesta quarta-feira no “Diário Oficial da União” por determinação da presidente Dilma, que se reuniu nesta terça-feira para deliberar sobre o assunto com Adams e com os ministros Alexandre Padilha(Saúde), Mendes Ribeiro (Agricultura), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Nelson Barbosa (secretário-executivo da Fazenda).

Segundo Adams, o decreto não é uma demonstração de que o governo está “endurecendo” com os grevistas. “Nós estamos endurecendo ao que concerne a garantia do funcionamento do serviço público. O serviço público federal não ficará paralisado por conta de uma greve”, disse.

Ele alegou que a população brasileira não pode prescindir de atividades consideradas essenciais e inadiáveis, como vigilâncias agropecuária e sanitária e desembaraço aduaneiro.

Luís Inácio Adams afirmou que o “governo sempre está atento as greves” e que o Ministério do Planejamento está dialogando com os grevistas sobre que demandas poderão ser atendidas.

Corte de ponto
O advogado-geral disse ainda considerar legal o corte do ponto dos servidores que aderiram à paralisação. “A ausência ao trabalho, seja por greve, seja por outro motivo, gera desconto”, afirmou.

“Por conta de uma negociação, você pode no futuro, após encerrado o processo, abonar a falta e aí compensar as faltas retornando os pagamentos que foram descontados. Mas essa é uma faculdade do processo de negociação”, explicou Adams.


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