Lei do cão

Depoentes ligados a Agnelo obtêm habeas corpus para não falar em CPI

Apesar de conseguir direito, ex-chefe de gabinete do governador vai depor. Dois depoentes ligados ao Distrito Federal devem permanecer calados
Por Do G1, em Brasília 28/06/2012 - 12:24

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Os três depoentes esperados para falar na manhã desta quinta-feira (28) na CPI Mista que investiga as relações entre o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários, conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecerem calados. Apesar disso, Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete de Agnelo, vai falar.

Eles haviam sido convocados pelos integrantes com o objetivo de esclarecer fatos relacionados ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).

Os habeas corpus também foram concedidos também ao ex-assessor da Casa Militar do DF e para o ex-subsecretário, João Carlos Feitoza.

Cláudio Monteiro foi citado em escutas telefônicas como possível facilitador do esquema de Cachoeira no DF, mas o governador nega. Em depoimento à CPI no último dia 13 de junho, Agnelo afirmou que o suposto esquema criminoso comandado pelo bicheiro tramou a derrubada dele do governo.

Marcello Lopes, conhecido como Marcelão, supostamente tentou conseguir a nomeação de um aliado de Cachoeira no Serviço de Limpeza Urbana da capital. Marcelão foi afastado. Em seu depoimento, o governador criticou o que chamou de "notícias infundadas" e afirmou que nunca nomeou para cargo no governo nenhum indicado por Carlinhos Cachoeira.

João Carlos Feitoza é suspeito de receber dinheiro do grupo de Cachoeira, também deve ser ouvido pelos parlamentares. A reunião da CPI está marcada para às 10h15.

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi citado nominalmente em conversas gravadas em abril do ano passado pela Polícia Federal. A gravação faz parte da Operação Monte Carlo, que investiga a atuação de Cachoeira, suspeito de explorar jogos de azar e subornar políticos para ter proteção e receber benefícios de governos. Cachoeira foi preso pela Polícia Federal em 29 de fevereiro.


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