Nacional

Procuradoria acusa servidoras de fraudar parecer de obra da Copa

Diretora e gerente do Ministério das Cidades são acusadas de em Cuiabá. Mudança ampliava custos de obra em 3 vezes: de R$ 454 mi para R$ 1,3 bi
Por Do G1, em Brasília 22/06/2012 - 12:08

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O Ministério Público Federal entrou com ação na Justiça contra uma diretora e uma gerente do Ministério das Cidades sob acusação de terem adulterado parecer sobre obra da Copa em Cuiabá e ter prestado informações falsas ao Ministério Público. A suposta fraude atingiu Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades, que deixou o cargo em dezembro de 2011 após série de denúncias.

Segundo parecer de quatro procuradores da República do Distrito Federal, a diretora de Mobilidade Urbana, Luiza Gomide de Faria Vianna, e a gerente de projetos, Cristina Maria Soja, atuaram para "maquiar a inviabilidade técnica de aprovação da obra para a Copa do Mundo Fifa 2014".

O parecer adulterava parecer técnico que vetava a troca da implantação da “Bus Rapid Transit (BRT)”, linha rápida de ônibus, por um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Segundo o documento, posteriormente adulterado, o projeto enviado pelo governo doMato Grosso ao Ministério das Cidades apresentava prazos de execução e viabilidade inconsistentes com o calendário da Copa.

Além disso, a mudança ampliava os custos da obra em quase três vezes: de R$ 454 milhões para cerca de R$ 1,3 bilhão. A licitação da obra acabou sendo feita em R$ 1,4 bilhão.

Segundo a Procuradoria, em reunião realizada em 21 de novembro de 2011, Luiza Gomide e Cristina Soja confessaram a prática ilegal a servidores do Ministério das Cidades. Se condenadas, as servidoras podem perder a função pública, ter os direitos políticos suspensos por até cinco anos, pagar multa e ficar proibidas de contratar com o poder público por até três anos.

O G1 entrou em contato com o Ministério das Cidades, mas até o fechamento desta reportagem não recebeu o posicionamento da pasta.


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