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Defesa afirma que TRF suspendeu audiência de Cachoeira na Justiça

Advogada alegou cerceamento de defesa para justificar pedido de liminar. Previsão era de 14 depoimentos nesta quinta e outros sete na sexta
Por Do G1, em Brasília 31/05/2012 - 09:27

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Defesa afirma que TRF suspendeu audiência de Cachoeira na Justiça

A advogada Dora Cavalcanti afirmou que a defesa do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, obteve no final da noite desta quarta-feira (30) uma liminar (decisão provisória) do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que suspende a audiência marcada para estas quinta (31) e sexta (1) na Justiça Federal de Goiás.

A audiência prevê os depoimentos de 14 testemunhas no caso em que o bicheiro é acusado de chefiar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal em Goiás. Havia previsão de Cachoeira acompanhar os depoimentos das testemunhas. Preso na penitenciária da Papuda, em Brasília, ele seria transportado para Goiânia pela Polícia Federal. Para sexta (1), a programação da audiência previa depoimentos do próprio Cachoeira e de outros seis réus.

O G1 tentou entrar em contato na noite de quarta e no início da madrugada de quinta com o TRF da 1ª Região e com a Polícia Federal para confirmar as informações, mas não conseguiu até a publicação desta reportagem.

No site do tribunal na internet, há registros, no andamento processual do caso Cachoeira, de três despachos remetidos por fax - para o Departamento Penitenciário Nacional, o Depen, às 23h10; para a Polícia Federal, às 23h30; e para a 11ª e a 5ª varas federais de Goiânia (por e-mail), às 23h48. Na movimentação do processo no site, não se informa o conteúdo dos comunicados.

A advogada Dora Cavalcanti informou que a decisão atendeu a pedido de habeas corpus impetrado pelos advogados nesta quarta-feira. Segundo ela, a Justiça aceitou o argumento de que a defesa estava sendo cerceada devido à não realização de diligências e à impossibilidade de que Cachoeira conversasse reservadamente com seus advogados.

"Nós pontuamos estas questões e as levamos ao relator no TRF, dizendo que estávamos diante de um flagrante cerceamento de defesa", afirmou Dora Cavalcati. "[A decisão] reestabeleceu o devido processo legal. Espero que, a partir de agora, corra dentro dos trâmites regulares", declarou.

De acordo com a advogada, a decisão prevê que as audiências para que sejam ouvidas as testemunhas e interrogados os acusados fiquem suspensas até que sejam permitidas entrevistas reservadas dos advogados com Cachoeira e sejam realizadas as diligências pedidas pela defesa. Segundo Dora Cavalcanti, foram solicitadas informações técnicas sobre a obtenção das interceptações telefônicas utilizadas na denúncia.


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