Ajuda de custo

Delta ganhou R$ 182 milhões do Dnit em 18 obras paradas

Levantamento faz parte de relatório do Ministério dos Transportes, informa Leandro Mazzini na coluna Esplanada. Pasta, porém, não informa o motivo das paralisações
Por Congresso em Foco 02/05/2012 - 12:47

ACESSIBILIDADE

Delta ganhou R$ 182 milhões do Dnit em 18 obras paradas

Está no relatório do Ministério dos Transportes: a Delta Construções embolsou R$ 182 milhões com obras paralisadas referentes a 18 contratos com o Dnit, entre 2005 e 2011. A construtora levou ano passado R$ 8,7 milhões do total de R$ 115 milhões para a construção do anel viário de Jataí (GO) na BR 060 e deixou a obra. Outros 17 contratos para manutenção de rodovias lhe renderam R$ 173,8 milhões entre 2005 e 2010, em 11 estados. O ministério não justificou o por quê das obras paralisadas.

Buraco na pista…

Em contratos ainda ativos, a Delta tem R$ 221,1 milhões para construção de rodovias em seis estados desde 2007. E R$ 1,18 bilhão para manutenção de rodovias desde 2006.

… e descarrilamento

A Delta ainda ganhou da Valec um lote de R$ 574 milhões da Oeste-Leste, sem nunca ter construído dez metros de ferrovia.

 

Cerco a Cavendish

O empresário Fernando Cavendish, o dono da Delta, teria se mudado ontem de seu apartamento no Leblon, na Zona Sul do Rio, sem destino certo. Também não aparece na sede da empresa desde que descobriu escutas ambientes provavelmente instaladas pela PF, como revelou a coluna. Nem tem falado ao telefone.

Terceira fase

Há rumores de que as escutas em sua sala, na Delta, motivariam a terceira fase da Operação Monte Carlo da PF, que detonou o contraventor Carlinhos Cachoeira. Cavendish já pediu aos advogados um habeas corpus preventivo.

Sem freio

O maior contrato paralisado rendeu à Delta R$ 13 milhões no Piauí. Outro de R$ 11,8 milhões foi no Mato Grosso do Sul. No Maranhão, a Delta embolsou R$ 10,9 milhões por mais uma obra parada, segundo o próprio ministério.

Apressada

A primeira-dama do Piauí, Lílian Martins, eleita na sexta nova conselheira do TCE, já renunciou ao mandato de deputada e toma posse amanhã. O marido assistirá a tudo de longe.

Paris-Brasília

Diante da revelação de novas farras de Sérgio Cabral com Cavendish na Europa, o PSDB pede amanhã a convocação do governador do Rio à CPI do Cachoeira.

 

PDT pacificado

A ascensão de Brizola Neto a ministro do Trabalho pode mesmo pacificar o partido em nível nacional. “Estou certo de que ele vai resgatar os ideais do Brizolismo”, diz o deputado estadual do Rio Paulo Ramos, feroz crítico do ex-ministro Carlos Lupi.

Mil x 30 mil

Citado como beneficiário de R$ 30 mil do bicheiro Cachoeira, o ex-vereador de Goiânia Túlio Maravilha, o craque do futebol que corre atrás dos mil gols, tem jogado amistosos contratados por prefeitos Brasil afora para alcançar a meta.

Zaga aberta

No sábado, 28, Túlio esteve em Laranjal (MG) e fez mais um. Foi aos 10 minutos de jogo. Curiosamente só ele e o goleiro na área após cruzamento (vídeo no site da coluna). A CBF, se esperta, começará a acompanhá-lo em campo. Faltam 13 gols.

Sem trégua

Logo após o debate do pré-sal no Congresso, os senadores abrem nova guerra: por nova tabela de índices na distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE),  fomentado por 21,5% do Imposto de Renda e pelo IPI.

Nem Jesus

Nem Jesus, na Bíblia, tomou um vinho tão bom. A garrafa apreciada pelo senador Demóstenes Torres no Restaurante Francisco, da ASBAC, em Brasília, custa R$ 12 mil.

Saudade do trono

O presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), já se recuperou de saúde e quer voltar ao Senado. Mas não driblou ainda a dona Marli, que é quem manda em sua agenda.

Ponto final

 

Demóstenes se afogou numa Cachoeira de vinho.


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