Promessas iniciais

Novo ministro do Trabalho diz que vai trabalhar por 'união' do PDT

Brizola Neto foi indicado pela presidente Dilma para comandar pasta. Escolha não agrada parte do PDT, que reclama de 'falta de diálogo'
Por Do G1 SP 01/05/2012 - 12:27

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Novo ministro do Trabalho diz que vai trabalhar por 'união' do PDT

Indicado pela presidente Dilma Rousseff para comandar o Ministério do Trabalho, o deputado Brizola Neto (PDT-RJ) afirmou nesta terça-feira (1º) que terá como primeira “tarefa” trabalhar pela união do PDT. A escolha da presidente por Brizola Neto não agrada a cúpula do partido, que reclama de“falta de diálogo” com o governo federal.

 

“[Minha primeira tarefa] Será buscar reafirmar a unidade do partido e o apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff”, afirmou o novo ministro durante evento em comemoração ao Dia do Trabalho, em São Paulo. Ele minimizou ainda as insatisfações do partido com sua indicação.

 

“Em qualquer partido é normal que haja escolhas e preferências pessoais”, avaliou. Nesta segunda, Brizola Neto havia dito que sua nomeação ao cargo "vai ajudar bastante" a pacificar a relação do PDT com o governo.

 

Ainda nesta terça, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical,negou que haja um “racha” no partido por causa da indicação de Brizola Neto.

 

“O PDT não está rachado. É algo normal. Tiveram três nomes e um deles foi escolhido. As centrais sindicais indicaram o Brizola Neto”, disse. A indicação para o Ministério do Trabalho foi anunciada nesta segunda (30) pelo Palácio do Planalto, após reunião de Dilma com o presidente do partido, Carlos Lupi, que comandou a pasta por mais de quatro anos e deixou o cargo em dezembro do ano passado, após uma série de denúncias de corrupção.

 

Além de Brizola Neto eram cotados para o cargo o secretário-geral do partido, Manoel Dias, e o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS). O vice-presidente do PDT, André Figueiredo (CE), afirmou na segunda que Brizola Neto não é o nome “que mais agrada” a legenda.

 

“O partido não tem indicação nenhuma neste processo. É uma indicação da presidente. Ela [Dilma] nunca chamou o partido para conversar. Esta relação [com a presidente] vem arranhada desde dezembro. [...] Ainda não houve diálogo. O que houve foi uma comunicação do novo ministro. A falta de diálogo é algo que nos desagrada", criticou o deputado.


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