Pela terra

MST invade prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, no DF

PM estima em 1,5 mil manifestantes, cerca de 300 estão dentro do prédio. Segundo trabalhadores rurais, a reforma agrária está estagnada
Por Do G1, DF 16/04/2012 - 11:55

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MST invade prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, no DF

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiu o prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário na Esplanada dos Ministérios, no Distrito Federal. A ocupação foi realizada durante a madrugada desta segunda-feira (16), antes das 6h. Segundos os trabalhadores rurais, a reforma agrária está estagnada e o governo federal diminuiu os investimentos em desapropriações de terras no país.

Os manifestantes pedem ainda melhores condições de trabalho e um plano de assentamento para 186 mil famílias acampadas e a criação de um programa de desenvolvimento dos assentamentos.

Como medida preventiva, as entradas do prédio foram fechadas pela segurança. A Polícia Militar estima em 1,5 mil o número de manifestantes, cerca de 300 estão dentro do prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Cerca de 20 policiais foram destacados para fazer a segurança no local.

Segundo a polícia, uma parte do grupo ocupa a portaria do prédio enquanto outros manifestantes protestam do lado de fora. Um homem chegou a subir na marquise do prédio para hastear uma bandeira, mas foi retirado por seguranças.

A ação integra a Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária que o MST promove todos os anos em abril, mês em que 21 trabalhadores sem-terra foram mortos no episódio conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996.

"O primeiro ano do governo Dilma foi o pior para a criação de assentamentos dos últimos 16 anos. Agora em abril, o Ministério do Planejamento cortou mais de 60% do orçamento do Incra, o que deve inviabilizar os programas de assistência técnica e educação. Não podemos admitir que a burocracia do governo corte as verbas relacionadas à melhoria da produtividade e à educação, compromissos sempre tão reforçados nos discursos da presidenta Dilma", afirma Alexandre Conceição, da direção nacional do MST.


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