"A senhora pode ter o método que quiser, mas não queira usar da sua régua para dar a metragem para outros parlamentares. Desta cadeira Vossa Excelência só tem o direito de respeitar o regimento. Se quiser entrar no debate, Vossa Excelência tem que descer dessa cadeira que a senhora ocupa na condição de vice-presidente da Câmara para fazer o debate aqui", afirmou o deputado.
O deputado destacou ainda que a criação da estrutura permanente para as turmas recursais traria impacto negativo aos gastos públicos. "Eu queria que Vossa Excelência [...] dissesse quanto é que custa ao país a criação de novas varas. Peço cautela, porque desta cadeira Vossa Excelência sabe que tem muito poder, mas aqui embaixo somos todos iguais", afirmou.
A vice-presidente da Câmara rebateu as críticas e se disse "desrespeitada". "Vossa Excelência faltou com o respeito a sua colega, não à presidente sentada nesta cadeira. Cargos são passageiros, a honra não é. A dignidade não é", retrucou.
A deputada também questionou se Chinaglia havia agido com "rispidez" porque ela é mulher. "Eu quero perguntar se isso é uma questão que mereça Vossa Excelência invadir o plenário com tanta rigidez. Espero que não seja pelo fato de eu ser mulher", disse.
"Acho apelativo dizer que é porque Vossa Excelência é mulher", respondeu Chinaglia. Rose de Freitas encerrou a discussão pedindo que o líder do governo lesse as notas taquigráficas da reunião de líderes para verificar que houve concordância em votar o projeto. Ela acabou não colocando a proposta em votação.