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Acusados de participar de homicídio, Beltrão e Chico, querem afastar juízes do caso
Caso os magistrados sejam substituídos, o julgamento levará ainda mais tempoNa próxima semana, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas (TJ/AL), decidem se os juízes da 7ª e 17ª Vara Criminal estão impedidos de julgar o assassinato de Cabo Gonçalves. Os magistrados são alvo de uma exceção de impedimento. A medida para afastá-los do caso seria um "desejo" de Francisco Tenório e João Beltrão.
Caso os magistrados sejam substituídos, o julgamento levará ainda mais tempo. Francisco Tenório (PMN), ex-deputado federal, e João Beltrão (PRTB), deputado estadual são acusados de participação no homicídio. Ambos participaram de júri popular pelo crime.
Segundo Fábio Henrique Cavalcante Gomes, advogado de Tenório, o objetivo é promover um julgamento imparcial. Já que os juízes produziram provas antecipadas no processo, eles não podem atuar na instrução.O juiz perde a imparcialidade, a partir da coleta de provas, porque atuou como Ministério Público ou Polícia.
Com homicídio possivelmente articulado por João Beltrão, Francisco Tenório e Antônio Albuquerque, o cabo Gonçalves foi assassinado em 1996, vítima de uma emboscada na Serraria.
Manoel Cavalcante, líder dos executores, após ser preso, confessou o assassinato e detalhou a participação de cada parlamentar. Ele estava presente na reunião que autorizou o crime.