Hospitais Corruptos

Oposição defende CPI para investigar casos de corrupção na saúde

Reportagem do Fantástico mostrou esquema de fraudes em hospitais. Senador tucano diz que começará a recolher assinaturas nesta segunda
Por Do G1, com informações do Bom Dia Brasil 19/03/2012 - 10:07

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Parlamentares da oposição defenderam a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)  para apurar esquemas de corrupção envolvendo licitações e compras em hospitais do país após uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, exibida no domingo (18) mostrou como as fraudes ocorrem.

O senador Álvaro Dias (PSDB) disse que começa a recolher nesta segunda-feira (18) as assinaturas necessárias para tentar abrir uma CPI mista sobre esquemas.

Para ele, a atitude dos empresários e gerentes demonstrada na reportagem é criminosa e indica que o problema da saúde pública no Brasil não é falta de dinheiro. “Precisamos urgentemente instalar uma CPI da Saúde no Congresso Nacional. Já tentamos, e quem sabe com estes fatos revelados agora no Fantástico conseguimos realizar uma CPI para que nós apresentemos um diagnóstico da realidade da saúde no Brasil”, disse.

Já o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro, disse que a reportagem mostrou a banalização da corrupção, de casos em que se rouba debochando do povo. Para ele, as empresas que aparecem na reportagem devem ser proibidas de ter negócios com o serviço público. Ele defende que o governo mude a forma de fazer licitações e a contratação de empresas deve ser mais transparente.

 “Geralmente, três empresas são chamadas para emergência. Por que isso não pode ser feito sem envelope, pode ser feito por pregão eletrônico. Isso minaria esta relação pessoal e daria agilidade ao serviço público com seriedade”, afirmou.


MEC defende investigação
O Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a quem os hospitais universitários estão subordinados, disse em nota que o MEC está a disposição da Universidade Federal do Rio de Janeiro para que as denúncias sejam investigadas e que a pasta está implantando a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que vai uniformizar a administração dos hospitais universitários para compras e gestão de pessoal.

A adesão das 29 universidades federais que mantêm hospitais será voluntária.


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