Liminar do TSE barra posse de George Clemente

Por 28/09/2011 - 00:00

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Oreinado da família Jatobá na prefeitura de São Miguel dos Campos não chega ao fim como esperava a população do município. Quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato de Rosiane Jatobá ainda restava um recurso para apelação da prefeita e esse foi aceito. A posse do ex-deputado George Clemente, segundo colocado nas eleições, que era dada como certa, ficou só na esperança.

Com a certeza de permanecer no poder, uma grande festa foi realizada na mansão dos Jatobá, na quarta-feira (21), e varou pela madrugada. Cabos eleitorais, vereadores e familiares que estiveram no encontro julgaram ser a cartada final para permanência do usineiro Nivaldo Jatobá no poder de São Miguel.

A reportagem do jornal Extra tentou entrar em contato com George Clemente, mas seu telefone estava fora de área. Pessoas ligadas ao grupo de oposição de São Miguel relataram que Clemente estava em Brasília tentando, ao lado de forças política de Alagoas, reverter o caso, que até aqui parece ser escandaloso. Segundo um assessor de Clemente, ele se encontra na capital federal ao lado do deputado federal João Lyra (PTB) e do senador Benedito de Lira (PP).

Causa da cassação O processo movido por George Clemente coube recurso ao TSE, o que determinou a continuidade de Rosiane no poder, mas não tramitará mais no Supremo Tribunal Federal (STF), como desejava a prefeita. Com o nascimento do seu filho Nivaldo Jatobá Filho, e levando o mesmo nome do pai, o TSE com base nesse argumento sentenciou por votos 4x3 pela cassação imediata do mandado da então prefeita, e a condução de Clemente ao cargo, o que não ocorreu devido ao embargo declaratório (meio recursal cabível para esclarecer uma decisão judicial) solicitado por Rosiane.

Rosiane Jatobá mantém uma vida em comum com o empresário Nivaldo Jatobá, que é notória em toda cidade, o que caracteriza união estável, sob o mesmo teto. O casal se favoreceu da prática de não formalizar o casamento para se beneficiar politicamente, tudo para se perpetuar no poder, uma prática irregular. Há mais de duas décadas o usineiro comanda a mão de ferro a região.

A lentidão do TSE e pirotecnias dos advogados frustrou o anseio popular nas eleições de 2008. Tendo o direito de exercer quatro anos de mandato, George Clemente deve ficar sem administrar o município. Direito esse que ele conseguiu nos Tribunais e pelo voto popular. A impunidade é o bônus dos poderosos que agem de forma espúria sem qualquer tipo de punição.

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