
O senador alagoano Renan Calheiros (MDB) postou nas redes sociais, nesta quarta-feira, 22, um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentares de Inquérito (CPI) para investigar supostos casos de corrupção no Ministério da Educação (MEC).
A postagem foi referente à prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, acusado de corrupção na pasta para favorecer políticos evangélicos.
Calheiros lembrou ainda que, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi à ONU no ano passado, ele mentiu sobre o esquema de corrupção no Ministério da Saúde envolvendo a compra de imunizantes contra a covid-19.
“Bolsonaro foi à ONU mentir sobre corrupção, provada na AstraZeneca e Covaxin pela CPI. Barras de ouro do MEC e a prisão do ex-ministro o mostram a heresia com a sacristia pública. ‘Foi um pedido especial do Presidente’, disse Milton Ribeiro. CPI já”, escreveu.
Outra postagem polêmica de Renan pediu que as labaredas ardam no MEC. "Quem botou a “cara no fogo” se queimou. A POLÍCIA FEDERAL sabe quem te roubou. Chegará ao kit robótica, ônibus etc. Enquanto Roma queimava a lira soava. Em Alagoas ela já não toca mais. #CPIdoMEC", postou.
No Senado
O suplente de Renan Calheiros, senador Rafael Tenório, que assumiu este mês o mandato, manteve o apoio à CPI do MEC, embora seja um aliado de Jair Bolsonaro. Renan já havia assinado a lista antes de se licenciar, e havia dúvida se Tenório também assinaria, o que ocorreu na noite desta quarta-feira.
Embora Renan não afirme publicamente, pessoas próximas a ele vinham afirmando que, caso Tenório não assinasse, o experiente político retomaria o assento para ratificar o apoio à abertura da CPI.O senador Jorge Kajuru afirmou nesta quarta-feira já ter coletado as 27 assinaturas necessárias para apresentar o pedido de instalação da CPI.
(Com Metrópoles)