CIÊNCIA E SAÚDE
Coração de porco transplantado para homem estava infectado
Médico que realizou o primeiro transplante de um coração de porco para um humano afirmou que o órgão estava infectado com porcine cytomegalovirus, um tipo de vírus suíno.
Griffith apontou que a presença do vírus suíno pode ter contribuído para a morte do paciente. A presença do vírus foi detectada 20 dias após a cirurgia, mas a quantidade era tão baixa que não foi considerado um “erro de laboratório”.
Depois de um mês do transplante, foi notado que a presença do vírus começou a aumentar. A empresa responsável pelo transplante, Revivicor, se negou a comentar o assunto.
O porco que forneceu o coração para o transplante fazia parte de um rebanho geneticamente modificado. Entre as mudanças, estava um procedimento para remover um gene que poderia gerar uma resposta imune humana que rejeitaria o órgão.
“Era morrer ou fazer esse transplante. Eu quero viver. Eu sei que é um tiro no escuro, mas é minha última opção”, contou o paciente na época da cirurgia.
“Ele provou ser um paciente corajoso e nobre, que lutou até ao fim. O senhor Bennett ficou conhecido por milhões de pessoas pelo mundo inteiro pela sua coragem e firme vontade de viver”, disse o médico responsável após a notícia do falecimento de Bennett.