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Presas no Vietnã 8 pessoas suspeitas de envolvimento com 39 mortes

Por Agência Brasil 04/11/2019 - 08:16
Atualização: 04/11/2019 - 08:49

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Oito pessoas foram presas no Vietnã por suspeita de envolvimento na descoberta de 39 corpos em um caminhão nos arredores de Londres.

A polícia disse que está em curso uma investigação para desmantelar as redes de imigração ilegal que transportam pessoas para o Reino Unido. Já na passada sexta-feira (1º), tinham sido detidas duas pessoas.

O governo do Vietnã manifestou pesar com uma "grave tragédia humanitária", um dia depois de a polícia britânica ter afirmado que as 39 pessoas encontradas sem vida dentro de um caminhão no Reino Unido serão todas vietnamitas.

"Esta é uma grave tragédia humanitária. Estamos profundamente tristes e gostaríamos de apresentar as nossas mais profundas condolências às famílias das vítimas", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Le Thi Thu Hang.

O Vietnã apelou "aos países da região e do resto do mundo para que acelerem a sua cooperação no combate ao tráfico de seres humanos, a fim de evitar que tal tragédia se repita".

Inicialmente, a equipa de investigação julgava que as 39 vítimas seriam da China, mas, na sexta-feira, fonte oficial da polícia revelou que são Vietnã, tendo já localizado familiares e entrado em contato com as autoridades vietnamitas.

Nos últimos dias, várias famílias vietnamitas relataram o desaparecimento de familiares que poderiam estar entre as 39 pessoas encontradas mortas no caminhão.

Segundo a polícia britânica, a identificação das vítimas deve ser difícil, já que foram encontrados poucos documentos junto aos cadáveres.

Os corpos de 31 homens e oito mulheres foram encontrados no dia 23 de outubro dentro de um caminhão refrigerado numa zona industrial em Essex, na Inglaterra.

O condutor, um norte-irlandês de 25 anos e identificado como Mo Robinson, foi acusado de 39 crimes de homicídio e tráfico de pessoas, entre outros crimes.

Um segundo homem, identificado como Eamonn Harrison, de 22 anos, compareceu hoje (4) no tribunal de Dublin, na Irlanda, por suspeita de envolvimento na morte das 39 pessoas.


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