Internacional

Ativistas do Greenpeace presos recebem anistia do Parlamento russo

Anistia livra grupo de 30, que inclui brasileira, de acusação de vandalismo. Anistia também beneficia membros do grupo Pussy Riot
Por Do G1, em São Paulo 18/12/2013 - 09:57

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O parlamento russo aprovou nesta quarta-feira (18) um decreto que concede anistia às 30 pessoas presas no país durante um protesto organizado pelo Greenpeace contra a exploração de petróleo no Ártico. A informação foi divulgada pela organização ambiental, em sua conta no Twitter.

De acordo com a organização ambiental, a anistia significa que os procedimentos legais contra os 28 ativistas e os 2 jornalistas freelancers devem ser cancelados e todos, exceto os 4 de nacionalidade russa, poderão ir para casa. Para isso, necessitam ainda de um visto que deve ser emitido pelo governo russo. Porém, segundo a assessoria de imprensa do Greenpeace, a organização ainda não sabe quando isso ocorrerá.

O decreto aprovado nesta quarta-feira beneficia também membros do grupo Pussy Riot, que cumprem pena de dois anos de prisão devido a um protesto que realizaram contra Vladimir Putin dentro de uma catedral. A decisão marca o aniversário de 20 anos da adoção da Constituição russa pós-comunista, em 1993.

O grupo do Greenpeace foi preso no dia 19 de setembro e permaneceu detido durante dois meses sob a acusação de vandalismo. Em novembro, eles receberam o direito de responder ao processo em liberdade mediante pagamento de fiança, mas não poderiam deixar o país.

A prisão do grupo, chamado pelo Greenpeace de "30 do Ártico", provocou fortes críticas à Rússia por parte do Ocidente e foi vista como um sinal de que Vladimir Putin não pretende tolerar esforços para interromper a exploração de recursos da região do Ártico. O fim do processo representa a remoção de um dos obstáculos na relação da Rússia com o Ocidente nas vésperas de o país sediar as Olimpíadas de Inverno, em fevereiro.
  
Segundo informações divulgadas pelo Greenpeace, a brasileira Ana Paula Maciel, uma das ativistas presas no país, disse que está aliviada, mas não celebrando. "Fui acusada e permaneci dois meses presa por um crime que não cometi, o que é um absurdo. Mas finalmente parece que essa saga está chegando ao fim e em breve estaremos com nossas famílias", disse.


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