Internacional

Arcebispo diz que Papa queria sair por Roma dando ajuda aos pobres

Francisco queria ajudar no trabalho do esmoleiro apostólico. Konrad Krajewski não deixou claro se o pontifície realizou desejo
Por EFE 29/11/2013 - 08:14

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Konrad Krajewski, o esmoleiro apostólico doVaticano – responsável por distribuir ajuda aos pobres - revelou o desejo do pontífice de sair com ele durante a noite para levar ajuda aos necessitados de Roma, segundo publicou a imprensa italiana nesta sexta-feira (29).

“No início, quando eu costumava sair à noite por Roma, às vezes o papa me perguntava se podia me acompanhar, e não se dava conta dos problemas que poderiam ser criados caso sua saída do Vaticano fosse conhecida”, explicou Krajewski.

O esmoleiro não respondeu se o Papa chegou a sair com ele alguma noite, o que criou especulações de que Francisco possa realmente ter saído incógnito do Vaticano.

Krajewski relatou como o papa, que o nomeou capelão no dia 3 de agosto, o pediu para repetir um costuma que tinha quando era arcebispo de Buenos Aires: sair pessoalmente para levar ajuda aos necessitados.

O arcebispo polonês de 50 anos recordou o que Francisco lhe disse quando o nomeou. “Não ficará sentando em um escritório. Não espera que as pessoas chamem a sua porta, vá busca-las. Quero que você fique entre as pessoas para que leve meu carinho aos pobres, aos desesperados, aos últimos.”

“Cada vez que o Papa me vê, me pregunta se preciso de dinheiro”, explicou o capelão, que relatou que Francisco costuma dizer que “uma conta corrente está bem quando está vazia, porque o dinheiro foi doado aos necessitados.”

Krajewski contou que acorda todos os dias às 4h30 e inicia sua jornada respondendo cartas de ajuda que chegam ao Vaticano e as que são entregues pessoalmente pelo Papa Francisco.

Ele se encarrega de comprovar que as cartas sejam verdadeiras entrando em contato com os párocos locais, e através deles envia pequenas doações – de 200, 500 ou 1000 euros, segundo a necessidade de cada um.

Durante a noite, acompanhado dos guardas suíços que fazem a segurança do Vaticano, ele leva ajuda e comida a moradores de rua e outras pessoas carentes.

A Esmolaria Apostólica é financiada com doações e com 250 mil euros que são arrecadados anualmente com a venda de pergaminhos benzidos pelo papa, que custam entre 5 e 15 euros.

No ano passado, o grupo distribuiu cerca de 1 milhão de euros e ajudou cerca de 6,5 mil pessoas.


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