Internacional
Museu chinês tem documentos de trabalhos forçados no Japão
Arquivos são datados da Segunda Guerra Mundial. Cerca de 400 documentos mostram como 40 mil chineses trabalharamUm museu chinês apresentou nesta quarta-feira (18) documentos sobre casos de trabalho forçado de cidadãos chineses no Japão durante a Segunda Guerra Mundial, no dia do aniversário do incidente que provocou a invasão japonesa da Manchúria em 1931.
O Museu da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Ocupação Japonesa de Pequimapresentou mais de 400 documentos que, segundo a instituição, mostram como 40 mil chineses foram obrigados a trabalhar no Japão durante a guerra.
"Com base nestes documentos, vamos iniciar ações judiciais contra o governo japonês para que admita o que seu país fez, peça desculpas e ofereça uma compensação às famílias das vítimas", declarou à AFP o diretor adjunto do museu, Li Zongyuan.
Os documentos foram apresentados por ocasião do 82º aniversário do incidente de Mukden, também conhecido como o incidente da Manchúria, onde em 1931 um trecho da Ferrovia do Sul da Manchúria, uma empresa de propriedade japonesa, foi dinamitado.
O exército japonês responsabilizou os dissidentes chineses pelo ataque, o que proporcionou um "casus belli" que justificou assim a anexação da região chinesa da Manchúria por Tóquio.
Os abusos cometidos pelo exército japonês durante a ocupação dos territórios chineses continuam sendo uma fonte de divergência entre Pequim e Tóquio.