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Operação Espectro: delegado acusado de furto de cheques pode ser expulso da polícia

Haroldo Lucca, vai ser investigado com detalhes
Por 25/04/2012 - 13:36

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Operação Espectro: delegado acusado de furto de cheques pode ser expulso da polícia

Mário Jorge Marinho, delegado-geral adjunto da Polícia Civil, afirmou na manhã desta quarta-feira (25) que Haroldo Lucca Gonçalez, delegado, será investigado por ter furtado cheques apreendidos durante a Operação Espectro. O procedimento será realizado pela corregedoria da instituição da PC em procedimento administrativo.

 

 

 

Mário Jorge foi quem pediu a prisão de Haroldo Lucca aos juízes da 17ª Vara Criminal pelo crime de peculato (furto praticado por funcionário público no exercício da função). Jorge é integrante da cúpula da Polícia Civil. No bairro do Farol, Lucca permanece preso na Casa de Custódia da Polícia Civil.

 

 

 

Segundo com o delegado-geral adjunto o procedimento que pode levar Haroldo Lucca a perder o cargo seria a determinação da instauração de uma sindicância administrativa onde a publicação oficial seria do Diário Oficial.

 

 

 

Três corregedores vão investigar com detalhes os dados já coletados que apontam que foi Haroldo Lucca que furtou os cheques, explica Mário Jorge. Os cheques estavam sob a responsabilidade de Lucca enquanto era o titular da Delegacia dos Crimes contra à Ordem Tributária e Administração Pública (Decotap).

 

 

 

Mário Jorge explica que se houver indícios de que Haroldo Lucca praticou infração funcional grave, será instaurado processo administrativo que pode culminar com a demissão dele do cargo de delegado. No prazo máximo de 30 dias, a sindicância deve ser concluída.

 

 

 

O delegado acusado, Haroldo Lucca Gonçalez, ingressou na Polícia Civil alagoana em 2002 e é paulista. Ele chegou ao Conselho Estadual de Segurança depois de passar por várias delegacias do interior. Logo depois, na Decotap presidiu o inquérito que desencadeou a Operação Espectro.

 

 

 

Foram apreendidos cerca de R$ 4,25 milhões em cheques durante a operação que foram encaminhados a Decotap. O Ministério Público, após alguns dias,  foi procurado pelo advogado do empresário Délio Xavier, um dos presos na operação. O advogado relatou que haviam  sido descontados alguns cheques recolhidos na casa de seu cliente.

 

 

 

Lucca negou tudo. Disse não saber de nada. Entretanto, investigações da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), indicaram o delegado como "descontador" de pelo menos R$ 20 mil em cheques recolhidos como provas da operação. Depois de ter sido desmascarado, Haroldo Lucca foi preso.


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