Justiça

Caso Giovanna: Mirella confessou ter enviado mensagens com ameaças

A declaração aconteceu, ontem, segunda-feira (23), na segunda audiência do caso Giovanna Tenório no Fórum do Barro Duro, em Maceió
Por 24/04/2012 - 11:48

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Mirella Granconatto, acusada de ser autora intelectual do crime, confessou diante do juiz da 7ª Vara Criminal Maurício Brêda que enviou mensagens para o celular da estudante de Fisioterapia entre os dias 27 a 30 de setembro de 2010. A declaração aconteceu, ontem, segunda-feira (23), na segunda audiência do caso Giovanna Tenório no Fórum do Barro Duro, em Maceió.

 

Foram ouvidos também dois amigos de Giovanna que foi morta em junho de 2011 considerados testemunhas importantes no processo e que não teriam sido ouvidos pela Justiça. Mirella foi classificada, na audiência, como fria, segura, calculista e sem choro. A análise foi feita tanto pelo juiz quanto pelo promotor Flávio Gomes da Costa.

 

Com o objetivo de exigir o respeito de Giovanna por Toni Bandeira, pelo fato dele casado e pai, Mirella, mandava as mensagens  para Giovanna.  Mirela afirmou ter brigado duas vezes com a vítima alegando não saber, na época do desentendimento, que o marido e Giovanna tinham um relacionamento.

 

Mirela explicou que só viu Giovanna duas vezes: uma vez na piscina de um clube em Rio Largo  e a outra na boate Le Hotel. Ela ainda alegou que a vítima se intrometeu em briga de casal na boate, no momento em que foi brigar com o marido sobre a situação dele estar com duas mulheres.

 

Através de ligações telefônicas Meire Emanuella Vasconcelos avisava a Mirela quando Giovanna e Toni se encontravam. Mirela também afirmou que o motivo de sua separação não foi por causa de Giovanna.

 

Flávio Gomes da Costa, promotor de acusação, leu as mensagens que constam nos autos para Mirella. Ela se exaltou em  vários momentos ao ponto do juiz intervir e pedir para que a acusada se reportasse ao promotor como ‘senhor’ e não ‘você’. 

 

Mensagens do tipo foram enviadas pela acusada a vítima: “Atenda, não vai doer nada! Ainda o mal você vai ver, não o meu, o seu”. “Hoje eu vou à sua casa, nem que seja para te pegar dentro de casa”. “Se meteu porque quis agora aguente”. “Quem procura acha e você me achou”. “Porque ele [Toni] não está nem ai para o que vai acontecer”. “Não tem no mundo que me faça esquecer o que me fez passar”. 

 

Foi confrontado com o de Meire Emanuella Vasconcelos, o depoimento de Mirella. As duas ficaram frente a frente pela primeira vez depois do crime. Segundo Manu, ela nunca esteve com amigos na casa de Mirella e nunca falou com ela. Mirella para rebater disse que a quebra de sigilo telefônico iria dizer a verdade. Segundo Mirela tudo que a amiga da vítima disse mentira.

 

Leonardo Correia da Silva, amigo de Giovanna, foi o primeiro a ser ouvido na audiência. Ele detalhou o que Giovanna confidenciava, desde 2007, no período em que cursavam Fisioterapia e como conheceu Giovanna.

 

O Ministério Público (MP) opinou pela prisão preventiva de Mirella, uma vez que sua prisão domiciliar representaria “risco à sociedade”. O pedido de liberdade bem como os demais requerimentos serão apreciados no prazo de 48 horas.

 

A prisão do Luiz Alberto Bernardino da Silva, o caminhoneiro acusado de ser autor material do crime, também foi colocada em pauta ontem. De acordo com o Ministério Público, o caminhoneiro teria  queimado um suposto colchão utilizado no crime e estava com o celular da vítima apagando provas no aparelho. 


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