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Operação Espectro: Delegado é preso por furtar cheques
Os cheques foram utilizados em uma transação comercial, segundo a políciaTeve prisão decretada pela 17ª Vara Criminal a pedido da delegada Ana Luiza Nogueira, diretora do Deic, Haroldo Lucca, o delegado. Ele foi afastado ontem das investigações da Operação Espectro por ter furtado cheques apreendidos durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão no dia 06 de março.
Delegados, entre eles José Edson de Freitas e Mário Jorge Marinho, assinaram o decreto de prisãoga que compõem a cúpula da Polícia Civil. Por crime de peculato Lucca é acusado. Ele teria descontado pelo menos R$ 20 mil em cheques recolhidos como provas da operação. segundo as investigações.
Os cheques foram utilizados em uma transação comercial, segundo a polícia. Também foram presos junto com o delegado o corretor de imóveis Marcos Gomes Pontes, o comerciante Márcio Magalhães e o autônomo Cássio Felipe Moura.
O promotor de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça e presidente do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gecoc), na semana passada, veio a público revelando a existência de um pacote contendo cerca de R$ 4,25 milhões em cheques apreendidos que estavam com os lacres violados. A perícia do Instituto de Criminalística (IC) foi quem identificou o fato.
O advogado de Délio Xavier, um dos presos na operação, procurou o promotor Mendonça. O motivo da "visita" seria para relatar que que alguns cheques, que estavam na casa de seu cliente - Délio Xavie r- haviam sido descontados.
Chefe da Delegacia de Combate aos Crimes contra Ordem Tributária e Administração Pública (Decotap), Haroldo Lucca, negou saber o que havia acontecido e presidia o inquérito.
O delegado afirmou que os cheques foram guardados em um armário por um policial, sem nome declarado, na semana passada. Segundo Lucca, sobre o resultado da perícia e o sumiço de provas, nem o Banco Central é totalmente inviolável. Ele também protestou pela falta de um local específico na Polícia Civil para arquivar materiais apreendidos em operações e guardar valores.
A polícia investiga se ocorreu o desaparecimento de cerca de R$ 900 mil em cheques apreendidos na operação.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Edson de Freitas, designou ontem, segunda-feira (23), uma comissão composta por três delegados para encabeçar os inquéritos policiais que apuram a fraude que causaram um prejuízo de cerca de R$ 300 milhões aos cofres públicos. A fraude envolvia a compra de alimentos para o sistema prisional.
Com o afastamento de Haroldo Lucca, o comando da investigação ficou nas mãos dos delegados Francisco Amorim Terceiro, Francisco Medson Lima Maia e Alcides Andrade.