Justiça

Caso Giovanna: segunda audiência está marcada para começar às 13h30, desta segunda-feira(23)

Espera-se, tanto pela defesa quanto pela acusação, que o depoimento de Meiry Oliveira seja decisivo nos rumos do caso
Por 23/04/2012 - 11:15

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Caso Giovanna: segunda audiência está marcada para começar às 13h30, desta segunda-feira(23)

A segunda audiência que apura as circunstâncias de morte da estudante universitária Giovanna Tenório está marcada para começar às 13h30, desta segunda-feira(23). O depoimento de Mirella Granconato, principal acusada do crime, e o de Meiry Emanuella de Oliveira Vasconcelos, a Manu amiga da vítima, são aguardados com ansiedade. 

 

Espera-se, tanto pela defesa quanto pela acusação, que o depoimento de Meiry Oliveira seja decisivo nos rumos do caso.  Com isso há esperança de que a amiga de Giovanna revele fatos que possam apontar outros envolvidos no assassinato. Raimundo Palmeira é o advogado que faz a defesa do casal Antônio de Pádua Bandeira e Mirela Granconato. 

 

Por outro lado, para comprovar o envolvimento de Mirela no assassinato de Giovanna, o advogado de acusação Welton Roberto, aposta no depoimento de Manu como parte essencial. 

 

O promotor Flávio Gomes da Costa, representante do Ministério Público, não duvida que Mirela possivelmente negará a sua relação com o  crime. Entretanto, segundo ele, as provas são irrefutáveis. Não há dúvida de que ela é a autora intelectual do assassinato e que foi o caminhoneiro Luiz Bernardino quem executou o crime, afirmou o promotor.

 

Porém tudo pode acontecer. Uma carta aberta, que poderá ser lida durante depoimento ao juiz Maurício Brêda, segundo o advogado de Mirela, é a grande "surpresa" da tarde. A carta tem por assunto relatos sobre a vida de Mirela. Segundo o advogado, pode ser interessante.

 

Relembrando o caso

Giovanna Tenório foi encontrada morta em um canavial, no município de Rio Largo em junho de 2011, em estado de decomposição avançado. O corpo da estudante estava enrolado em um lençol e apresentava sinais de violência nas costas. Os peritos também encontraram um cordão de nylon no pescoço. A universitária estava com os mesmos trajes que usava quando desapareceu.

 

Antônio Bandeira e a mulher, Mirella Granconato tiveram seus nomes relacionados ao rapto e morte da estudante. Giovanna já manteve um caso amoroso com o empresário que havia negado que era casado. Tudo foi descoberto em uma festa de boate noturna de Maceió onde Tony estava na companhia da mulher que flagrou um suposto encontro entre ele - o marido, e Giovanna.

 

As duas teriam discutido com troca de empurrões. Dias após o fato, Mirella chegou a ameaçar por telefone a ex-amante do marido mantendo alguns encontros com Tony às escondidas, conforme relatos de amigos da estudante.

 

No dia que a jovem desapareceu, ela teria avisado a família antes de sair de casa, que não retornaria para almoçar. Giovanna passou a manhã no estágio, que acontecia no Dique Estrada na região Sul de Maceió, do curso que era matriculada, no Cesmac. 

 

Ao retornar do estágio, Giovanna teria falado para algumas  amigas que ia almoçar com um 'amigo' em um restaurante localizado próximo a agência do Banco do Brasil na Avenida Thomaz Espíndola,bairro do Farol.

 

Amigas de Giovanna alegam que a estudante não falou o nome do 'amigo', mas demonstrava muita alegria. Foi esse 'amigo' que teria telefonado para ela pedindo para se apressar, pois já estava aguardando a moça. Este foi o último dia que amigos e parentes viram Giovanna com vida.

 

As investigações foram acompanhadas pelo Grupo Estadual de Combate ao Crime Organizado (Gecoc), do Ministério Público Estadual e juízes da 17ª Vara de Maceió, responsável pelas investigações de crimes praticados por grupos organizados.

 

Tony e a mulher alegam, em suas defesas, inocência na participação desse caso. Os dois chegaram a confirmar um relacionamento dele com a estudante morta e as brigas de Mirella com Giovanna.

 

O rapaz e um caminhoneiro, que estava com o celular de Giovanna, chegaram a ser presos pelo crime, assim como Mirella Granconatto. Os dois primeiros conseguiram liberdade, mas Mirella segue presa e já teve vários habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas.


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