PESADELO

Atleta alagoano busca ajuda para retornar da Espanha para o Brasil

Por Redação com assessoria 02/04/2020 - 14:57

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Arquivo pessoal
O atleta alagoano Mateus Hiroshi, faixa marrom de jiu-jitsu ao centro
O atleta alagoano Mateus Hiroshi, faixa marrom de jiu-jitsu ao centro

O atleta alagoano Mateus Hiroshi, faixa marrom de jiu-jitsu, saiu de Maceió em janeiro para realizar o sonho de participar de campeonatos internacionais na Europa. Após competir em países como Portugal, Hungria e Inglaterra, Mateus seguiu para a cidade de Alicante, na Espanha, para encontrar a irmã e o sobrinho recém-nascido, e desde então vive o pesadelo de tentar retornar para Alagoas.

A saga do atleta alagoano em busca do retorno pra casa teve início com as diversas tentativas de contato com a companhia área responsável pelo trajeto de volta ao Brasil. Como a mesma cancelou os vôos, Mateus comprou passagem em outra companhia aérea, mas também foi informado que o voo havia sido cancelado.

Desde então, são horas diárias em ligações telefônicas buscando solucionar o problema com as empresas, mas, sem sucesso. “Não há mais vôos disponíveis saindo de Alicante, onde estou agora, mas sigo tentando que as empresas me encaixem em vôos partindo de outras cidades, como Barcelona, que fica distante 500km daqui.”, explicou Mateus Hiroshi, que tem 27 anos e é engenheiro ambiental.

Apreensivo e sem perspectiva de voltar a Maceió, Mateus chegou a fazer contato com o Itamaraty, que sugeriu, como solução do problema, que o alagoano comprasse uma outra passagem em outra companhia aérea.

“Cheguei até a cogitar a possibilidade mas o valor equivalia a quase cinco vezes o que eu paguei pela minha primeira passagem. Eu viajei com uma quantia para ficar dois meses e não tenho como arcar mais com essa despesa, visto que já paguei por duas passagens tentando voltar pra casa”, evidenciou.

Apoio de órgãos alagoanos

No início da semana, o atleta alagoano buscou o Ministério Público Estadual em busca de algum apoio e foi direcionado para a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, momento em que o promotor Max Martins solicitou toda a documentação e, posteriormente, o colocou em contato com a Defensoria Pública Estadual.

A Defensoria oficiou a empresa aérea acerca do problema e também comunicou oficialmente à ANAC e à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, para que os órgãos tomem as devidas providências, mas, até o momento, não houve nenhum retorno.

“Às vezes bate um desespero porque estou me sentindo lesado como consumidor e como cidadão brasileiro. Eu só quero voltar pra minha casa e encarar esse momento difícil em minha cidade e perto das pessoas que eu amo. Sei que está complicado e é uma situação atípica, mas esse descaso com os brasileiros no exterior pode colocar muitas vidas em risco também”, desabafou.


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