CULTURA
Rodrigo Santoro critica 'criminalização' da classe artística: 'Ódio e agressões'
Em entrevista ao O Globo, o ator Rodrigo Santoro criticou o movimento de "criminalização" da classe artística e reforçou a importância do incentivo à cultura.
Quando Santoro começou a atuar, há quase 30 anos, a cultura brasileira ainda sofria com o desmonte da Era Collor — na época, o então presidente transformou o Ministério da Cultura em uma Secretaria Especial. Hoje em dia, o ator vê semelhanças do período com o atual cenário político e social do país.
Sua carreira internacional, que se expande em breve com a estreia da série espanhola da Amazon "Sem Limites", Rodrigo contou que recusou muitos papéis de latino-americanos caricatos.
"Naquela época, os personagens eram muito estereotipados, e deixei de fazer vários. É que, como eu não botei a mochila nas costas e falei "vou para Hollywood fazer uma carreira", pude recusar sem sofrer. Nem pensava em trabalhar fora", disse.
O trabalho mais recente do ator estreia na próxima sexta-feira (8). Santoro é o protagonista da série "Sem Limites", que conta a história de Fernão de Magalhães, o navegador que comandou a primeira volta ao mundo da história — coincidindo com a celebração do 500º aniversário da expedição.