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Alagoana Rízia relembra drama para encontrar roupas plus size

Por Quem 21/05/2019 - 14:42

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Divulgação
Ex-BBB falou sobre a importância de grifes investirem no mercado de moda para pessoas com medidas maiores
Ex-BBB falou sobre a importância de grifes investirem no mercado de moda para pessoas com medidas maiores

Rízia Cerqueira se tornou uma mulher cheia de atitude e dona de si, mas nem sempre foi assim. Em conversa com QUEM, a ex-BBB relembrou sua infância e adolescência cheia de traumas causados por problemas de aceitação da sua imagem. Segundo a ex-sister, um simples passeio para comprar roupa no shopping era um verdadeiro drama na época.

"Muitos anos da minha vida, eu não usei listras, não usei branco. Eu só usava preto e roupa escura, escondendo meu corpo. Isso é uma forma de se oprimir também. A gente se sente mal mesmo. Quando eu era novinha, fazer compras era um massacre para mim. Eu ia ao shopping com minha irmã, que sempre foi magrinha, e todas as lojas que a gente entrava, encontrava roupa para ela. E eu tinha a maior dificuldade. Acabava tendo que comprar roupa de senhora, porque era o que servia. Era uma tortura para mim. Era uma dificuldade absurda até de encontrar uma simples calça jeans maior. Quantas vezes, eu chorei procurando roupa", lamenta.

Mesmo com várias marcas aderindo à coleções destinadas ao público plus size, Rízia ainda vê dificuldades para se vestir. "Às vezes, a gente quer usar uma roupa que uma pessoa magra usa e a gente não encontra. Ou quando encontra, o valor é bem mais alto. Quero muito que este mercado entenda que a gorda também gosta de andar com a roupa colada no corpo marcando. Eu gosto de andar com decote. Eu tenho gordura nas costas, mas eu gosto de andar com ela de fora. A gente gosta de andar de top. Eles precisam entender isso. O mercado precisa entender que tem um público enorme que é gordo e quer se vestir bem", afirma.

A ex-BBB chama atenção para a diferença que o mundo da moda dá para uma modelo magra e uma plus size. "A diferença de cachê é absurda. No Brasil, este boom está chegando agora. Isso é muito legal porque é uma representatividade para as meninas, que eu não tinha quando era mais nova. Eu ainda não consegui entender a dificuldade do mundo da moda se abrir para o mercado das gordinhas. As modelos que eles colocam como plus size também seguem medidas padrões. A gente tenta quebrá-los, mas vão surgindo outros. Você tem que ser gorda, com a cintura fina e o quadril largo. A maioria está sendo assim. A gente precisa de uma representatividade maior, de uma gorda GG, GGG", reforça.

Após suas saída do Big Brother Brasil 19, Rízia está cheia de planos profissionais. "Estou com vários projetos novos relacionados ao meu canal no Youtube e a carreira como modelo plus size. Meu canal, eu trato de assuntos que eu já falo nas minhas redes sociais, de bandeiras que eu levanto e por aí vai. Nós vamos colocar muito entretenimento e humor nele também. Vou fazer umas gracinhas que é a minha cara", promete a ex-sister, que não dispensaria um convite para atuar. "Lógico. Eu quero aproveitar todas as oportunidades que eu tiver na minha vida. Mas não tenho formação como atriz. Sou jornalista. Eu cheguei a trabalhar com comunicação, mas em agência publicitária e não no jornalismo", conclui.


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