Médico alagoano é alvo de inquérito por defender tratamento com cloroquina

O médico Emmanuel Fortes agora é alvo de um inquérito do Ministério Público Federal (MPF) por prescrever medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19. 

Ele é 3º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e conselheiro do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal).

A Defensoria Pública da União, na semana passada, protocolou uma ação na Justiça em que cobra R$ 60 milhões do CFM, por danos morais coletivos na pandemia. 

O presidente do Conselho, Mauro Luiz Ribeiro, admitiu que a liberação do uso da hidroxicloroquina foi feita sem qualquer respaldo científico.

Emmanuel Fortes é filiado ao PSL, que em Alagoas segue a orientação de Jair Bolsonaro. Também foi também candidato a vice-prefeito de Maceió ano passado.

O médico participou de um evento organizado pela Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, sob o comando da "Capitã Cloroquina", Mayra Pinheiro. 

Na ocasião, Fortes disse que é da autonomia do médico "escolher a melhor conduta para seu paciente mesmo diante de evidências observacionais de alguns aspectos científicos, como a eficácia desses medicamentos em vitro, sem a comprovação em vivo".

O EXTRA tentou falar com o médico por meio do telefone de final 1351, mas não foi atendida. Porém, o espaço está em aberto para uma posição do investigado.

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