ASTRAZENECA

Pessoas que tiverem trombose receberão 2ª dose de outra vacina

Brasil notificou 0,89 casos a cada 100 mil doses do imunizante, o que é considerado evento raro
Por CNN Brasil 18/04/2021 - 07:22
Atualização: 18/04/2021 - 07:27

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Agencia Brasil
Imunizante da AstraZeneca: efeito de trombose ainda é raro
Imunizante da AstraZeneca: efeito de trombose ainda é raro

O Ministério da Saúde informou que pessoas vacinadas com o imunizante produzido em parceria com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca e que apresentarem trombose não deverão receber a segunda dose desta vacina, mas serão imunizados com a vacina de outro laboratório.

Nestes casos, a complementação da segunda dose será por uma vacina "que não tenha plataforma de vetor viral", segundo informe técnico da pasta. No Brasil, as vacinas Oxford/AstraZeneca são produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Trata-se uma precaução diante de casos de trombose reportados mundo afora. No Brasil, os dados do e-SUS notificam 0,89 casos a cada 100 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca aplicadas, o que faz o Ministério da Saúde classificar como "raros" eventos do tipo. A pasta reforça que ainda "não há comprovação de associação causal com a vacinação" e que o perfil de risco-benefício da vacina "ainda é favorável".

No documento, o ministério recomenda que profissionais da saúde "fiquem atentos a sinais e sintomas de trombose ou tromboembolismo" e alerta que pacientes que apresentarem complicações do tipo devem procurar atendimento médico imediato.

De acordo com o Vacinômetro do Ministério da Saúde, 17,4% das doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas no Brasil da AstraZeneca, o equivalente a 5,62 milhões de doses. Todas as outras doses (26,77 milhões, ou 82,6%) são da Coronavac, produzida em parceria do Instututo Butantan com o laboratório chinês Sinovac.

Na quinta-feira (15), reportagem da CNN mostrou que na cidade do Rio de Janeiro já há relatos de pessoas aptas a receberam doses da vacina contra a Covid-19 que estão rejeitando o imunizante feito pela Fiocruz. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atribui o fenômeno à desinformação.


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