PANDEMIA

Saiba quais grupos ainda não foram liberados para tomar a vacina

Por R7 21/02/2021 - 09:10

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Reuters
Adultos que não estão nos grupos prioritários terão de aguardar a vacina
Adultos que não estão nos grupos prioritários terão de aguardar a vacina

Adultos com menos de 60 anos ainda não estão liberados para tomar a vacina contra a covid-19. As exceções são para pessoas que fazem parte de grupos específicos e considerados prioritários pelo Programa Nacional de Imunização, como povos indígenas, trabalhadores de saúde, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e tradicionais, pessoas com comorbidades e deficiências, pessoas em situação de rua, privadas de liberdade.

Grupos como funcionário do sistema de privação de liberdade, trabalhadores de educação do Ensino Básico e Superior, forças de segurança e armadas, trabalhadores de transporte coletivos, metroviário, ferroviário, aéreo, aquaviário, caminhoneiros, portuários e industriais estão na lista do Ministério da Saúde como grupos prioritários para a vacinação. Vale lembrar que o Ministério da Saúde ainda está na primeira fase da vacinação e crianças não serão imunizadas.

A fila da vacinação contra o coronavírus obedece uma ordem estabelecida de acordo com Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a covid-19. A lista soma mais de 77,2 milhões de brasileiros e, segundo o Ministério da Saúde, garante o funcionamento dos serviços de saúde, a proteção dos cidadãos com maior risco, além da preservação do funcionamento dos serviços essenciais.

A pasta orienta que os gestores de saúde sigam essa ordem, mas estados e municípios têm autonomia para montar seu próprio esquema de vacinação e dar vazão à fila de acordo com as características de sua população, demandas específicas de cada região e doses disponibilizadas. Por isso, algumas cidades anunciaram que vão começar a vacinação de idosos em geral, enquanto outras estão vacinando pessoas mais velhas que vivem em instituições.

Fases definidas


As primeiras doses da vacina, segundo comunicado do Ministério da Saúde, foram usadas para imunizar profissionais de saúde, idosos e indígenas. "Na primeira fase, conforme a chefe do PNI, devem entrar trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena", diz a nota.

A segunda fase inclui a vacinação de idosos entre 60 e 74 anos. Em seguida, serão imunizadas pessoas com comorbidades, como doenças pulmonares, cardiovasculares, etc.). A quarta fase é para professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e detentos.

Grupos reivindicam prioridade


O Ministério da Saúde informou ter recebido pedidos de 45 grupos interessados em ter prioridade na fila da imunização contra a pandemia e pular a ordem estabelecida no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19.

Os pedidos chegam especialmente de grupos profissionais que alegam estar mais expostos a contrair o novo coronavírus, como personal trainers, policiais, guardas, seguranças, fonoaudiólogos, aeronautas e trabalhadores da limpeza e Correios, entre outros. Alguns setores são bastante específicos, caso dos práticos – que auxiliam manobras e percursos de embarcações.

Outra parte dos pedidos vem de grupos ligados a questões de saúde, caso de associações de pessoas com diabetes, linfoma ou leucemia, entre outros. A ABCDT (Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante) foi uma das primeiras organizações a procurar o Ministério da Saúde, ainda em dezembro do ano passado, e o pedido está em análise. Enquanto isso, o estado do Maranhão optou por incluir os pacientes renais em seu plano de vacinação. "A população dialítica é considerada de alto risco e constituída em grande parte por pacientes diabéticos e com outras comorbidades", afirma a entidade.

A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) Brasil também pede a revisão do plano do ministério e afirma que o tipo de deficiência atendido pela entidade, por si só, é uma condição permanente de risco. "Restringir a prioridade apenas às pessoas que apresentam impedimentos severos é colocar em risco todo um grupo social que está em uma situação de alto risco de contaminação", afirma. A Feapae SP, que representa 305 entidades de assistência no estado de São Paulo, também pediu prioridade ao ministério. Estados como Piauí e Alagoas já deram prioridade ao grupo.

Veja a lista dos grupos prioritários para a vacinação


- Pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas - 156.878

- Pessoas com deficiência institucionalizadas - 6.472

- Povos indígenas Vivendo em Terras Indígenas - 410.197

- Trabalhadores de Saúde - 6.649.307

- Pessoas de 80 anos ou mais - 4.441.046

- Pessoas de 75 a 79 anos - 3.614.384

- Povos e Comunidades tradicionais Ribeirinha - 286.833

- Povos e Comunidades tradicionais Quilombola - 1.133.106

- Pessoas de 70 a 74 anos - 5.408.657

- Pessoas de 65 a 69 anos - 7.349.241

- Pessoas de 60 a 64 anos - 9.383.724

- Comorbidades - 17.796.450

- Pessoas com Deficiências Permanente Grave - 7.744.445

- Pessoas em Situação de Rua - 66.963

- População Privada de Liberdade - 753.966

- Funcionário do Sistema de Privação de Liberdade - 108.949

- Trabalhadores de Educação do Ensino Básico - 2.707.200

- Trabalhadores de Educação do Ensino Superior - 719.818

- Forças de Segurança e Salvamento - 584.256

- Forças Armadas - 364.036

- Trabalhadores de Transporte Coletivo Rodoviário de Passageiros - 678.264

- Trabalhadores de Transporte Metroviário e Ferroviário - 73.504

- Trabalhadores de Transporte Aéreo - 64.299

- Trabalhadores de Transporte de Aquaviário - 41.515

- Caminhoneiros - 1.241.061

- Trabalhadores Portuários - 111.397

- Trabalhadores Industriais - 5.323.291


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