Vacinação em massa contra Covid-19 vai custar R$ 20 bilhões

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (11/12) que o governo federal calcula gastar R$ 20 bilhões apenas com a compra de vacinas contra o novo coronavírus. A fala ocorreu durante reunião com parlamentares do Congresso Nacional para apresentar balanço sobre a situação fiscal e a execução orçamentária do governo federal no combate à pandemia de Covid-19.

Vale lembrar que o governo federal ainda não efetuou a compra de nenhum imunizante, embora tenha assinado compromissos com fabricantes e laboratórios. O governo federal pretende editar uma Medida Provisória (MP) para requisitar vacinas autorizadas, registradas e produzidas no Brasil.

Até o momento, o Ministério da Saúde só manifestou interesse na aquisição de 70 milhões de doses da farmacêutica Pfizer. Em janeiro, virão 500 mil doses para dar início à vacinação do grupo de risco em todos os estados

Somados aos R$ 2o bilhões para campanha de vacinação em massa, Guedes afirmou que o governo gastou quase R$ 600 bilhões com medidas de enfrentamento à crise sanitária. Na avaliação do chefe da pasta, o alto investimento permitiu que o país mitigasse os impactos econômicos provocados pela pandemia.

Segundo o ministro, o montante está abaixo do que estava estimado no início, de R$ 615 bilhões. O gasto representa 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda conforme Guedes, o Brasil gastou 12% a mais que a média dos países desenvolvidos, e 4% acima da dos emergentes.

Do total gasto durante a pandemia pelo governo federal, R$ 321 bilhões foram destinados apenas para o pagamento do auxílio emergencial. Além disso, Guedes afirma que o governo federal destinou mais de R$ 60 bilhões em ajuda descentralizada para entes federativos e R$ 51 bilhões para o combate ao desemprego.

O ministro da Economia disse, ainda, que o governo federal “salvou vidas e empregos”. “Para salvar vidas, gastamos R$ 353,8 bilhões. Para salvar empregos, R$ 140 bilhões. Claro que ninguém pode estar satisfeito em meio a uma pandemia, mas nós temos um senso de responsabilidade, uma certa resiliência e senso de dever cumprido.”