SEQUENCIAMENTO
Covid-19 em Alagoas teve origem na Europa e América do Norte
Identificação foi possível durante desenvolvimento de novo protocoloPesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que trabalham no sequenciamento do genoma do novo Coronavírus (Covid-19), descobriram que as cepas que circulam em Alagoas se assemelham às encontradas na Europa, na América do Norte e na Oceania.
A descoberta indica que o patógeno que causa a Covid-19 entrou no estado por diversos pontos. A identificação foi possível durante o desenvolvimento de um novo protocolo para o sequenciamento do Coronavírus, uma parceria do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) com a University College London, no Reino Unido.
Além de Alagoas, foram decodificados 18 genomas completos em amostras de pacientes de outros quatro estados – Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina – e do Distrito Federal.
Os dados foram inseridos na plataforma Gisaid, que compartilha informações de genomas dos vírus Influenza, Sincicial Respiratório e Sars-CoV-2 e já tem 35 mil sequências genômicas do novo coronavírus.
A chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, Marilda Siqueira, explicou em entrevista à Agência Brasil que acompanhar a evolução viral ao longo do tempo é importante para monitorar as variações que levam a casos mais graves da doença.
“Além de traçar as rotas de dispersão no mundo e no interior do país, a vigilância genômica integrada à vigilância epidemiológica é necessária para monitorar a ocorrência de variações genéticas que podem estar associadas à gravidade da doença ou à resistência a medicamentos”.
A plataforma de dados públicos Gisaid, criada em 2008 após a pandemia de gripe H5N1, chamada inicialmente de gripe aviária, destaca que o sequenciamento possibilita o acompanhamento em tempo real do progresso.
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