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Novo método de registro de óbitos por Covid-19 exclui 1.177 mortos

Por Com Agências 27/05/2020 - 16:21

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Agência Globo
Nova regra diminui número de mortos confirmados da Covid-19 no Rio de Janeiro
Nova regra diminui número de mortos confirmados da Covid-19 no Rio de Janeiro

Após uma semana sem divulgar dados de óbitos no Painel Rio Covid-19, a Prefeitura do Rio de Janeiro voltou a publicar as informações seguindo um novo método. Agora só são contabilizadas as mortes cujos atestados de óbito contêm confirmação de infecção pelo novo coronavírus. Com a mudança, de acordo com o jornal O Globo, apesar de os hospitais já terem registrado 2.978 vítimas fatais com suspeita ou confirmação da doença, o painel mostra apenas 1.801 óbitos — uma diferença de 1.177 pessoas.

A diferença desses dados para os dados médicos é que atestados de óbitos são emitidos, muitas vezes, antes que fiquem prontos os resultados de exames que constatam infecções por Covid-19. Uma vez que uma pessoa seja enterrada por suspeita da doença, com quadros fatais de pneumonia ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG), sua certidão de óbito teria que ser retificada para que ela passasse a ser identificada como vítima da pandemia pela Prefeitura. Isso pode ser feito em cartórios e depende dos familiares do paciente que morreu.

A nova versão da contabilidade de óbitos no Rio de Janeiro tem outra fragilidade. Ao contrário dos dados médicos divulgados desde março, não há separação do número de mortos em cada bairro. Só é possível separá-los por data, sem informações sobre a localização em que as pessoas que morreram residiam. Essas informações vinham sendo utilizadas pela própria Prefeitura para modular medidas de isolamento social

Na segunda-feira, 25, a secretária municipal de saúde, Beatriz Busch, já havia afirmado que os dados estavam sendo revistos e que o sistema passaria a mostrar informações divulgadas pelos cemitérios. Ela destacou que, dessa maneira, os dados de óbito passariam a ser divulgados pela data em que, de fato, ocorreram e não quando forem confirmados após os exames laboratoriais.

A nova versão da contabilidade de óbitos tem outra fragilidade. Ao contrário dos dados médicos divulgados desde março, não há separação do número de mortos em cada bairro. Só é possível separá-los por data e local, sem informações sobre a localização geográfica em que as pessoas que morreram residiam.



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