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Witzel não adere a decreto: 'Bolsonaro caminha para o precipício'

Por Com Estadão Conteúdo 12/05/2020 - 13:23

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Até o prefeito Marcelo Crivella, tido como aliado de Bolsonaro, segue em direção oposta a do presidente
Até o prefeito Marcelo Crivella, tido como aliado de Bolsonaro, segue em direção oposta a do presidente

O governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro "caminha para o precipício e quer levar com ele todos nós". Segundo Witzel, que se referia ao decreto presidencial que classificou academias e salões de beleza como serviços essenciais, não há nenhum sinal de que as medidas restritivas devem ser flexibilizadas.

"Estimular empreendedores a reabrir estabelecimentos é uma irresponsabilidade. Ainda mais se algum cliente contrair o vírus. Bolsonaro caminha para o precipício e quer levar com ele todos nós", disse o governador.

O Estado do Rio não vai aderir ao decreto presidencial. Isso porque, explica o governo, o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que estados e municípios têm autonomia para adotar regras de isolamento social durante a pandemia.

Classificadas por ele como um "semi-lockdown", medidas publicadas nesta segunda, 11, em decreto extraordinário, incluem a proibição do tráfego de pessoas e veículos em regiões centrais de alguns bairros das zonas norte e oeste, de estacionamento na orla, de comércio nas favelas e de se fazer apostas em casas lotéricas.

Na noite da última quinta-feira, 7, Witzel enviou um ofício ao Ministério Público em que afirma ter determinado a elaboração de um plano para o Estado caminhar rumo a um isolamento mais radical. O governador cita medidas como o fechamento de estradas intermunicipais e uma maior restrição à circulação de pessoas e veículos, por exemplo. 


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