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Jovens alagoanos temem pela propagação do novo Coronavírus em favelas

Por Bruno Fernandes com assessoria 07/04/2020 - 16:17
Atualização: 07/04/2020 - 16:29

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Agência Alagoas
Dados foram constatados pelo grupo Monitoramento Jovem de Políticas Públicas
Dados foram constatados pelo grupo Monitoramento Jovem de Políticas Públicas

Oito em cada dez jovens que vivem nas periferias de Alagoas afirmaram estar inseguros diante do risco do novo Coronavírus continuar se espalhando e infectando as pessoas. Os dados foram constatados por uma pesquisa realizada pelo grupo Monitoramento Jovem de Políticas Públicas (MJPOP) e divulgados nesta terça-feira, 7.

O grupo faz parte da organização não governamental (ONG) Visão Mundial, que ouviu 270 pessoas em 24 cidades dos seis estados entre os dias 24 e 25 de março - ou seja, 13 dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter reconhecido a situação da doença como uma pandemia que já afetava a 115 países.

No dia em que os pesquisadores foram às ruas, o Brasil já registrava 46 mortes em decorrência de complicações causadas pela doença e 2.201 casos confirmados.

De lá para cá, os números só pioraram, motivando o Ministério da Saúde, bem como os estados e as prefeituras, a intensificarem as recomendações para que as pessoas permaneçam em suas casas o máximo de tempo possível, evitando contato físico com outras pessoas.

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A partir dos dados que colheu há duas semanas, a ONG Visão Mundial conclui que nas regiões mais necessitadas do país, o isolamento ainda não estava sendo realizado da maneira correta.

“Em uma escala de 1 a 5, sendo 1 sem nenhum isolamento e 5 isolamento total, a média ficou em 2,84, demonstrando que as pessoas que moram nessa periferia não têm conseguido fazer o isolamento recomendado”, aponta a entidade, em nota.

O levantamento aponta que 76% dos brasileiros consideram importante que as pessoas fiquem em casa a fim de evitar a propagação do vírus, mesmo que isso prejudique a economia e cause desemprego


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