CORONAVÍRUS

Anvisa libera o uso da cloroquina para pacientes graves

Por R7 30/03/2020 - 11:28
Atualização: 30/03/2020 - 11:38

ACESSIBILIDADE

Divulgação
Anvisa libera uso da cloroquina para paciente grave
Anvisa libera uso da cloroquina para paciente grave

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso da cloroquina — apenas para pacientes hospitalizados e em estado grave — e determinou a dosagem específica da droga.  As regras para o uso do medicamento estão publicadas em nota informativa do Ministério da Saúde.

A nota diz que "o Ministério da Saúde do Brasil disponibilizará para uso, a critério médico, o medicamento cloroquina como terapia adjuvante no tratamento de formas graves, em pacientes hospitalizados, sem que outras medidas de suporte sejam preteridas em seu favor. A presente medida considera que não existe outro tratamento específico eficaz disponível até o momento."


Dosagem


A Anvisa sugere 6 dias de tratamento com hidroxicloroquina (e hidroxicloroquina em associação com azitromicina), uma vez que 70% dos pacientes estavam "sem detecção viral em relação ao grupo controle, o que em caráter preliminar, pode sugerir um potencial efeito anviral no coronavírus humano".

De acordo com a determinação do Ministério da Saúde, tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina são fármacos "indicados para o tratamento das doenças artrite reumatoide e artrite reumatoide juvenil (inflamação crônica das arculações), lúpus eritematoso sistêmico e discoide, condições dermatológicas provocadas ou agravadas pela luz solar e malária".

Efeitos colaterais 


A Anvisa alerta, porém, para os efeitos colaterais dos medicamentos e é taxativa ao proibir a automedicação. De acordo com a agência, "os eventos adversos relatados a longo prazo devido ao uso da cloroquina incluem retinopatia e distúrbios cardiovasculares".

A nota do Ministério da Saúde diz ainda que, "com o aumento dos casos da covid-19 e a velocidade de transmissão do coronavírus no Brasil, projeta-se para a primeira distribuição um quantitativo calculado com base no número de casos notificados no último bolem oficial do MS (25/03/2020) e um estoque de reserva".

A pasta garante que cada estado e o Distrito Federal vão receber quantidade "suficiente para atender de imediato os pacientes hospitalizados e para o pronto atendimento de novos casos".  Esse envio será feito pelo Ministério da Saúde às Secretarias de Saúde, responsáveis por repassar os remédios para os hospitais de referência.


Encontrou algum erro? Entre em contato